WCC traz oportunidades de conexão com sociedades internacionais
15/08/2022, 15:11 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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Gabriel Grossman destaca a possibilidade de imersão no conhecimento e networking como potenciais da participação em congressos
Em 1998, Gabriel Grossman, membro do conselho consultivo do Departamento de Ergometria, Exercício, Cardiologia Nuclear e Reabilitação Cardiovascular (DERC) da SBC, comparecia ao World Congress of Cardiology (WCC) realizado no Rio de Janeiro. Com a residência em cardiologia recém-concluída, Grossman fez o trajeto entre Porto Alegre e a capital carioca duas vezes no mesmo dia. Ficou o dia todo no congresso e retornou durante a madrugada para evitar gastos com hospedagem. “Essa vivência no congresso é muito importante. É uma imersão no conhecimento e uma possibilidade de contato com outros colegas. Por isso, mesmo quando alguns sacrifícios são necessários, a participação vale à pena”, diz o médico.
O interesse pela participação em congressos se iniciou ainda na graduação. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Grossman atualmente é chefe do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre e diz que desde o princípio de sua formação teve contato com o universo acadêmico, o que impulsionou sua paixão pela ciência. No cenário digital, as possibilidades de participação foram ampliadas, mas o contato presencial permite conexões mais aprofundadas entre os colegas, assim como aprofundar o networking.
Importantes aliados na atualização profissional, os congressos são espaços de troca de saberes. Grossman acredita que hoje existem diferentes portas para o conhecimento, especialmente on-line, mas que a intensidade de atividades proporcionada por eventos desse porte carrega muitas potencialidades. “Durante os congressos, absorvemos muito em um curto espaço de tempo. É algo que foge da rotina e que permite dedicarmos toda a nossa concentração para essa troca e aprendizado”, diz.
Atualmente, Grossman é o único sul-americano no board of directors da American Society of Nuclear Cardiology (ASCN). O médico, que está em seu segundo mandato na ASCN, conta que o cargo foi sua estreia na diretoria de uma sociedade internacional. Ele considera que a experiência tem sido muito rica por permitir o contato com os colegas de outros países, incluindo dos Estados Unidos, onde realizou seu fellow em medicina nuclear na Emory University.
Sessões conjuntas aproximam sociedades de diferentes países
O 77° Congresso Brasileiro/Mundial de Cardiologia acontece de 13 a 15 de outubro novamente no Rio de Janeiro. Além das oportunidades de discussões sobre novas técnicas e terapias, Grossman ressalta a importância do contato com outras sociedades que o Mundial proporciona. Nesta edição, ele participa da sessão conjunta entre a SBC e a ASCN em 14/10 às 13h50 no Auditório 6.
"É uma oportunidade fantástica de mostrar a força da SBC e da cardiologia brasileira, além de aumentar nossa interação com outras sociedades”, diz Grossman. Outras sessões conjuntas de destaque na programação são com a American Heart Association (AHA), 14/10 às 10h40 no Auditório 18; com a American College of Cardiology (ACH), 14/10 às 13h50 no Auditório 5; e com a European Society of Cardiology (ESC), 14/10 às 16h50 no Auditório 5.
Para participar de toda a programação, inscreva-se no WCC 2022 em: worldcardio2022.com/inscricao