SBC influi na formulação das políticas de saúde por meio da Diretoria de Relações Governamentais
29/05/2015, 17:24 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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Diretor Luiz Scala e membros da Diretoria já se reuniram com os ministros Aldo Rebelo, Artur Chioro, Eleonora Menicucci e com lideranças do Congresso.
A possibilidade de o programa TECA ser usado para o treinamento do pessoal de Saúde envolvido na Olimpíada do Rio, a melhoria do atendimento das emergências cardiovasculares, dos casos de fibrilação atrial e insuficiência cardíaca nos hospitais brasileiros e a criação de um sistema de prevenção cardiovascular para a mulher brasileira são três temas que a SBC levou aos ministros do governo federal e que certamente vão repercutir positivamente na desejada redução da morbidade e da mortalidade cardiovascular.
Esse trabalho, que chega ao leigo por influência da SBC, como a decisão da oferta maciça de antihipertensivos em todos os postos de Saúde ou da disponibilização de trombolíticos pelo SUS, é missão da Diretoria de Relações Governamentais, dirigida por Luiz César Nazário Scala, em sintonia com a coordenadora de Integração Governamental da SBC/DF, Edna Marques, que também é coordenadora geral da Cardiologia da SES/DF.
Apoio técnico A proposta de Scala é levar os subsídios da SBC, representado pelo conhecimento prático de seus 14 mil associados, para as autoridades governamentais que, por vezes, tem intenção de intervir em determinado problema, mas sem o conhecimento do que ocorre efetivamente na ponta de atendimento, nos consultórios, prontossocorros e postos de Saúde.
Exemplo desse trabalho foi o importante encontro entre Scala e diretores da SBC e a ministra Eleonora Menicucci, que se impressionou ao saber que as mulheres têm sete vezes mais chances de ter um AVC ou infarto do miocárdio do que o câncer de útero ou de mama. A ministra foi especialmente sensível à apresentação do Departamento da Mulher da SBC, pois já teve problemas cardiovasculares. O resultado do encontro deverá oferecer subsídios para uma ampla campanha nacional de educação em saúde que leve a mulher a fazer a prevenção das doenças do coração com a mesma frequência e cuidado com que faz a mamografia ou o Papanicolau para a prevenção, respectivamente, do câncer de mama e de útero.
Ciência, Tecnologia e Saúde Já no Ministério da Ciência e Tecnologia, Scala esclarece que o ministro Aldo Rebelo reconheceu e saudou entusiasticamente o emprego dos cursos TECA como um verdadeiro produto de inovação tecnológica da SBC, no treinamento das equipes de saúde e de leigos que estarão envolvidos nas Olimpíadas de 2016. Mas também junto ao ministro Artur Chioro, da Saúde, o trabalho da Diretoria de Relações Governamentais foi muito positivo, pois em contatos sucessivos foi apresentada a proposta de implantação de um programa de qualidade assistencial mais ambicioso nos hospitais brasileiros.
Tendo em vista os resultados alcançados pelo programa da AHA nos Estados Unidos, que reduziram morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares, a ação proposta pela SBC/AHA levará à execução de um projeto piloto integrado de atendimento a infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e outras arritmias, em aproximadamente doze hospitais públicos brasileiros.
Papel da SBC Trata-se do passo inicial de um processo mais amplo de capilarização desse modelo de atendimento de “boas práticas clínicas baseadas em Diretrizes”, em nível nacional. “É evidente que as Diretrizes terão que sofrer alguma adaptação, como incluírem as drogas disponíveis na rede SUS. Reforçar o papel institucional de todos os segmentos da SBC junto aos órgãos públicos e financiadores da saúde é uma das principais missões da Diretoria de Relações Governamentais”, explica Scala. “As credenciais acadêmicas, políticas e operacionais acumuladas em mais de setenta anos legitimam a SBC como uma instância capaz de articular as demandas cardiovasculares da população, junto ao poder público constituído. Seria injusto privar a população de ser contemplada por esses subsídios, e não oferecê-los a quem formula a Saúde Pública brasileira”, conclui.
Fonte: Jornal SBC 154 · Maio · 2015