SBC e Conasems discorrem sobre insuficiência cardíaca no projeto “Cuidando do Coração”
SBC e Conasems discorrem sobre insuficiência cardíaca no projeto “Cuidando do Coração”

14/07/2022, 13:14 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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O webinar trouxe o tema: "Insuficiência cardíaca: sinais e sintomas. Orientações para a atenção primária"

O webinar “Insuficiência cardíaca: sinais e sintomas. Orientações para a atenção primária”, realizado no último dia 6 de julho, integra o projeto “Cuidando do Coração”, uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems). A proposta do projeto é promover a educação de equipes de saúde dedicadas à atenção primária de municípios brasileiros, em relação à prevenção das doenças cardiovasculares, com a expectativa de alcançar 5.500 cidades e mais de 50 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Luís Beck da Silva conduziu a abertura do evento online. Professor adjunto de medicina interna e de pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio Grande do Sul (UFGRS), Beck é diretor científico do Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) SBC e há 20 anos atua nesta área.

Daniella Motta da Costa Dan, graduada em medicina pela Faculdade Brasileira Multivix, foi a convidada para falar sobre o tema. Ela possui Residência em Insuficiência e Transplante Cardíaco pelo Instituto do Coração (InCor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e doutoranda pela FMUSP. Pela SBC, Daniella é especialista em cardiologia, diretora científica da regional Espírito Santo e presidente do DEIC Jovem - eleita este ano.

A cardiologista iniciou afirmando que a insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear o sangue de forma a atender todas as necessidades do organismo. “Pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas. É caracterizada por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução de débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou esforço”, afirma.

De acordo com Daniella, IC atinge mais de 23 milhões de pessoas no mundo e com uma sobrevida de cinco anos após o diagnóstico - que pode ser inclusive inferior a diversos tipos de cânceres. “No cenário brasileiro é uma doença extremamente desafiadora devido à alta mortalidade, comorbidades descontroladas, pacientes com hospitalizações frequentes e a vivência diária de algumas doenças negligenciadas, como as reumáticas e chagas", aponta.

Dados de 2015 do Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (Breathe), demonstram que a maior prevalência de insuficiência cardíaca nos brasileiros é de etiologia isquêmica (30,3%) seguida da hipertensiva (20,4%). A insuficiência cardíaca é marcada pela piora da capacidade física e também aumento da mortalidade.

Os sinais típicos da doença são: falta de ar, ortopneia, dispneia paroxística noturna, fadiga e cansaço, bem como intolerância ao exercício. Alguns pacientes podem apresentar sinais específicos, dentre eles estão: pressão venosa jugular elevada, refluxo hepatojugular (causado pelo regurgitamento venoso), terceira bulha cardíaca, impulso apical desviado para esquerda. Existem outros sinais que devem ser investigados, como crise de insônia, irritabilidade, tontura, fadiga, edema nos membros superiores, asma cardíaca etc.

"É extremamente importante termos uma história clínica apurada; fazer um exame clínico minucioso; submeter o paciente à realização do eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia de tórax e peptídeos natriuréticos - que podem ajudar a diagnosticar corretamente a insuficiência cardíaca", enfatiza a cardiologista.

A IC pode ser classificada de três formas pela fração de ejeção: reduzida, preservada ou intermediária. A gravidade dos sintomas segue uma classificação funcional segundo a New York Heart Association. Isto é, pacientes assintomáticos, sintomas leves, moderados ou graves. Já a progressão da doença pode ser classificada em quatro estágios (A, B, C e D) principais, sendo: A - risco de insuficiência cardíaca; B - doença estrutural cardíaca sem sintomas; C - doença estrutural cardíaca com sintomas e D - insuficiência cardíaca refratária.

Um estudo italiano foi apresentado pela médica durante o webinar, no qual consta o acompanhamento de pessoas com insuficiência cardíaca nas três classificações: fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada. Os dados denotam que a mortalidade nos pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada a prevalência foi de morte não cardíaca

Ao final da apresentação da médica, Beck intermediou as perguntas enviadas pelos ouvintes no chat.

Assista na íntegra ao webinar “Insuficiência cardíaca: sinais e sintomas. Orientações para a atenção primária”. Clique aqui.

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