Saúde digital é discutida no Fórum de Especialidades
Saúde digital é discutida no Fórum de Especialidades

06/10/2023, 09:22 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Atividade reuniu equipes multiprofissionais no debate sobre os impactos das inovações tecnológicas no 78º Congresso Brasileiro de Cardiologia.

No Fórum de Especialidades do 78º Congresso Brasileiro de Cardiologia, a mesa-redonda “Saúde digital: inovações para o cuidado do paciente cardiopata” promoveu a atualização no conhecimento sobre diferentes abordagens de cuidado digital que envolvem desde políticas públicas até a implementação, a intervenção e a monitorização de pacientes cardiopatas.

O debate foi coordenado por Ellen Magedanz, coordenadora do curso de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e apresentado por Ney Ricardo De Alencastro Stedile, diretor técnico da Clínica Mobilitare Saúde, de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.

Na abertura, Ellen destacou que a comissão do Fórum de Especialidades incluiu uma equipe multiprofissional da Enfermagem, da Fisioterapia, da Educação Física e da Nutrição, destacando a importância de outros profissionais da saúde no contexto da Cardiologia.

Stedile discutiu as “Novas tecnologias no Ecossistema da Saúde”. O fisioterapeuta destacou a importância de debater a sustentabilidade da saúde, baseado no modelo de value-based health care, em que se mede o valor por meio dos resultados de saúde por unidade de custos.

Segundo Stedile, para pensar novas tecnologias é fundamental refletir os conceitos de correlação, co-participação e co-criação. “A capacidade de cuidado, de interligar os processos, é o novo futuro. Ecossistemas descentralizados e prevenção são palavras-chaves desse novo universo”, destacou ele.

Além disso, o fisioterapeuta considera que o ponto central nas novas tecnologias é compreender a capacidade de formação e utilização delas. “E, também, qual a capacidade que os serviços hoje têm de analisar grandes dados e usar inteligência artificial para reduzir algo que impacta muito o setor da saúde, o retrabalho”, afirmou Stedile.

“Política pública de saúde digital e suas tecnologias”, palestra ministrada por Rita Simone Lopes Moreira, professora adjunta do Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica da Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp, abordou a importância da equidade e da oferta universal da saúde digital.

“Quando pensamos que 80% da população brasileira usa o Sistema Único de Saúde (SUS), entendemos que é preciso desenvolver processos que preencham a lacuna entre o presencial e o virtual”, afirmou Rita.

A enfermeira falou sobre a necessidade de se avançar em políticas públicas de saúde digital no Brasil, destacando as metas relacionadas ao engajamento do paciente para tecnologia e capacitação dos profissionais. Ela ainda afirma que é importante existir a interoperabilidade, ou seja, a existência de uma rede nacional de dados de saúde em que exames e históricos possam ser acessados em todo o sistema.

“Nós precisamos pensar que a jornada do paciente termina na casa dele. Quando eu ofereço opções tecnológicas para essa pessoa, estou pensando que ele tenha um bom gerenciamento da sua própria saúde”, ressaltou Rita.

A palestra “Ferramentas tecnológicas mais utilizáveis para atividade física”, apresentada por Pedro Dal Lago, professor titular do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, apresentou a aplicabilidade dos dispositivos vestíveis (wearable devices) para auxiliar no monitoramento e assistência no desenvolvimento dos exercícios físicos.

“Aumentar o engajamento e a participação das pessoas na prática de atividades físicas é uma tarefa complexa. Por isso, jogos, gamificação e novas tecnologias são ferramentas que podem nos ajudar a melhorar esses indicadores”, afirma Del Lago.

Dal Lago destacou que o sedentarismo é uma das principais questões que precisam ser debatidas no âmbito da mHealth, prática médica orientada e suportada por dispositivos móveis. Segundo estudos apresentados por ele, quanto menor o condicionamento físico mais se amplia o risco de morte e o risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

Em relação a umas das principais dificuldades do engajamento nos exercícios, Dal Lago apresentou que curtos períodos de atividades físicas vigorosas intermitentes, com alta intensidade e pouco tempo de duração, são efetivos e podem ser beneficiados pelas novas tecnologias nos processos de reabilitação.

“Um dos desafios atuais é desenvolver vestíveis que possam ser incorporados à realidade de pessoas de baixa renda, que podem ter efeitos importantes na redução do risco de morte e monitoração da saúde, mas são tecnologias que ainda não chegam a todos”, finaliza Dal Lago.

Para acompanhar as novidades apresentadas durante o 78º CBC, acesse o aplicativo SBC 2023>. Para Android, clique aqui para baixar. Para iOS, acesse por meio deste link.

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