Regionais
31/10/2022, 17:30 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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SBC/SP
Departamento de Psicologia da SOCESP publica “perguntas e respostas” sobre a raiva e o impacto no coração
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo publicou “perguntas e respostas” no site sobre o que é a raiva, o que desencadeia no organismo, como afeta o coração e a pressão arterial, de que forma pode ser atenuada e como deve ser a postura das pessoas em relação aos episódios que provocam o sentimento. O material também foi disponibilizado em postagens nas mídias sociais da entidade.
“Este ano eleitoral tem se superado na promoção de um estado de exasperação coletiva motivado por posições políticas antagônicas e por uma total incapacidade de compreender ou ao menos respeitar que até amigos e familiares podem ter visões diferentes sobre um mesmo tema. Este cenário favorece a raiva, uma emoção básica e natural do ser humano, mas que, neste contexto, ao extrapolar o bom senso, prejudica o convívio social, reduzindo nosso círculo e lançando pessoas queridas no hall das desprezadas”, explicou a diretora executiva do Departamento de Psicologia da SOCESP, Suzana Pacheco Avezum.
A psicóloga e psicoterapeuta lembrou que o corpo bombardeado diariamente pelas substâncias químicas derivadas deste processo de raiva entra em estado de stress, pois a descarga de adrenalina é muito grande, causando alterações fisiológicas importantes, inclusive do ponto de vista cardiovascular, como aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. “Em casos extremos, a raiva pode até ser considerada responsável por enfermidades graves, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Alguns estudos, inclusive, mostram uma associação entre raiva e diabetes: os mais raivosos teriam maior tendência em desenvolver a doença”, completou.
“Não é fácil, mas é possível gerenciar o que nos causa raiva. Uma vez que conseguimos identificar os focos geradores – e isso é subjetivo – temos que tentar aprender a evitar as situações que provocam este sentimento”, orientou Suzana Pacheco Avezum.
“Perguntas e respostas” podem ser acessados no: https://socesp.org.br/noticias/psicologia/o-que-esta-por-tras-da-raiva/
SOCESP realiza campanha pelo Dia Mundial do Coração e divulga pesquisa
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo promoveu uma campanha pelo Dia Mundial do Coração, em 29 de setembro. Uma pesquisa SOCESP, divulgada na data, revelou que as pessoas ficaram mais sedentárias, ganharam peso e procuraram menos o médico ao longo da pandemia de Covid-19.
De acordo com o levantamento, entre uma população que já se caracterizava por não praticar exercícios rotineiramente – 65,8% afirmaram ser sedentários – o isolamento social surtiu efeito ainda mais negativo: a maioria dos consultados, 44%, admitiu ter feito menos atividade física durante a pandemia. “O dado é preocupante porque o sedentarismo é um dos dez principais fatores de risco para a mortalidade global, causando cerca de 3,2 milhões de óbitos a cada ano”, lembrou a presidente da SOCESP, Ieda Jatene.
Segundo a pesquisa da SOCESP, 44,3% ganharam peso no período de combate à Covid-19. “Aqui temos outro sinal de alerta: obesidade e sobrepeso estão diretamente relacionados ao aumento da pressão arterial”, destacou o diretor de Promoção e Pesquisa da SOCESP, Luciano Drager. O também diretor da SOCESP, Ricardo Pavanello, ressaltou que grande parte dos pacientes chega tarde ao consultório. E a pesquisa mostrou isso: 57,2% dos entrevistados disseram não terem ido às consultas de rotina no período da pandemia. Quando a pergunta foi sobre consulta cardiológica, 23,2% nunca foram ao cardiologista e 46,8% haviam feito a visita há mais de um ano.
Na campanha da SOCESP foram ressaltadas as ações que podem prevenir a doença, como alimentação balanceada e prática regular de atividade física. Vários posts foram programados em mídias sociais, entrevistas exibidas no YouTube, além de outras disponibilizadas no SOCESPcast e WebSOCESP. As ações mobilizaram as Regionais por todo o estado, além dos Departamentos de Educação Física, Enfermagem, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social.
Um artigo sobre o tema foi publicado na Veja Saúde: https://saude.abril.com.br/coluna/guenta-coracao/a-negligencia-e-um-grande-risco-ao-coracao/