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29/06/2023, 15:11 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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SBC/SP
SOCESP promove campanha pelo Dia da Insuficiência Cardíaca
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo realizou, no mês de julho, ação pela passagem do Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca, celebrado em 9 de julho. “A escolha de uma data para contribuir com a conscientização é providencial: caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o corpo, a doença afeta mais 64 milhões de pessoas no mundo e cinco anos pós-diagnóstico apenas 25% dos pacientes sobrevivem. No caso daqueles com 85 anos ou mais, somente 17,4% resistem”, afirmou Felix Ramires, diretor científico da SOCESP.
“A pandemia de COVID-19 surgiu após a penúltima Diretriz de Insuficiência Cardíaca da SBC, publicada em março de 2018. E, além do importante número de intervenções terapêuticas e abordagens diagnósticas que surgiram ou se consolidaram na prática clínica internacional a partir de então, a COVID-19 ensinou sobre um novo modelo de agressão ao coração e trouxe, inicialmente, muitas dúvidas a respeito da continuidade e segurança dos medicamentos usados por pacientes com insuficiência cardíaca crônica, que apresentam infecção aguda pelo coronavírus. Porém, estudos constataram total segurança científica em prosseguir com as medicações”, constatou o diretor da SOCESP em artigo que será publicado na Veja Saúde.
“Não só pela nova realidade da COVID-19, mas por exigir pesquisas constantes em prol da diminuição da mortalidade e da melhora na qualidade de vida das pessoas acometidas pela IC, a Diretriz de Insuficiência Cardíaca passou por atualização em 2021. Entre as novas conclusões, as drogas do grupo dos inibidores de enzima conversora de angiotensina, dos bloqueadores do receptor da angiotensina, dos inibidores da neprilisina e do receptor de angiotensina, beta-bloqueadores, diuréticos e digoxina – largamente utilizadas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes com IC – estão liberadas mesmo por quem contraiu o coronavírus, sempre com acompanhamento individual. Mas, considerando que a apresentação da COVID-19 pode disfarçar a descompensação provocada pela IC, a testagem para o vírus é recomendável tanto no atendimento em sala de emergência como em ambulatórios”, completou Felix Ramires.