Rede do Coração: junho é o mês para falar sobre Cardiopatia Congênita
31/05/2024, 13:29 • Atualizado em 31/05/2024, 13:29
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No Brasil, cerca de 29 mil crianças nascem com alguma cardiopatia congênita, o que representa cerca de 1% do total de nascimentos. As doenças cardíacas congênitas estão entre as principais causas de morte de recém-nascidos, e cerca de 80% dessas crianças precisam de algum tipo de procedimento, e metade delas ainda no primeiro ano de vida.
As manifestações da doença cardíaca congênita podem ocorrer durante a formação do feto, mas são muito variáveis, podendo aparecer logo após o nascimento ou mais tarde, na infância ou adolescência.
Este ano, a campanha nas redes do Coração traz um depoimento importante de quem vivenciou um diagnóstico precoce e hoje tem a plenitude de ver a filha saudável, acompanhada por uma equipe que salvou sua vida. A atriz Thaila Ayala compartilha a história do diagnóstico da pequena Tereza que, ainda no útero da mãe, foi identificada com uma cardiopatia congênita chamada Comunicação Interventricular (CIV).
O depoimento da atriz reforça a importância do pré-natal para a investigação de possíveis problemas cardíaco-fetais, especialmente se houver fatores que levem à suspeita clínica, e o encaminhamento para a realização do ecocardiograma fetal, principal exame que possibilita esse diagnóstico precoce. “O eco fetal é um exame de ultrassom específico para avaliar a formação do coração do bebê, e deve ser realizado em torno da 20ª semana de gestação, sendo solicitado quando há gravidez de alto risco ou quando a mãe tem histórico de doenças congênitas na família”, explica Ana Paula Damiano, presidente do Departamento de Cardiopatia Congênita da SBC.
“Caso não diagnosticado ainda na fase intrauterina, há ainda a possibilidade de suspeita diagnóstica após a realização do teste do coraçãozinho, feito antes da alta hospitalar, entre 24 e 48 horas após o nascimento do bebê que deve então ser confirmada ou descartada pelo ecocardiograma”, complementa Damiano.
Além do depoimento da Thaila, outras famílias que passaram por diagnósticos semelhantes vão compartilhar suas experiências na Rede do Coração, visando ampliar a divulgação da importância do acompanhamento pré-natal para a sobrevida e tratamento.