Prática clínica e insuficiência cardíaca em debate no final do segundo dia do 78° CBC
06/10/2023, 09:57 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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Atividade discutiu questões relevantes da prática diária de consultório no diagnóstico e manejo dos pacientes com insuficiência cardíaca.
No final do segundo dia do 78° Congresso Brasileiro de Cardiologia, especialistas debateram os principais aspectos relacionados à insuficiência cardíaca e à prática clínica. A atividade, coordenada por Fabio Serra Silveira, membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Regional Sergipe, contou com a presença de outros profissionais que se debruçaram sobre o tema.
A primeira apresentação, realizada por Miguel Morita Fernandes da Silva, teve como título “Como tratar IC com FE preservada em 2023?”. Nela, o médico ressaltou que a IC é normalmente “uma doença associada a outras comorbidades”, tendo como destaque a obesidade, que é ligada em vários estudos à insuficiência cardíaca. Desse modo, Miguel destacou que é preciso entender qual a etiologia da IC, para conseguir tratá-la adequadamente.
Seguida de Miguel, Lídia Ana Zytynski Moura falou em sua apresentação, “Meu paciente tem diagnóstico de insuficiência cardíaca: quais seriam os 3 exames mais importantes para auxiliar no diagnóstico etiológico?”, sobre os principais exames que ajudam a identificar a origem de pacientes que já foram diagnosticados com IC. Segundo ela, os três principais meios para um diagnóstico etiológico, neste caso, são: o ecocardiograma, a ressonância magnética e a avaliação de doença arterial coronariana.
Para Lídia, estes exames são necessários, pois o diagnóstico de IC costuma ser “poluído”, como ela mesma citou, e traz consigo diversos fatores que dificultam entender a sua etiologia. Após Lídia, Pedro Henrique M Craveiro de Melo trouxe um caso clínico para debate. O tema de sua apresentação, “Meu paciente tem IC isquêmica e traz uma cineangiocoronariografia com oclusão crônica da DA. Ele quer minha opinião sobre o que fazer”, abordou o uso ou não da angioplastia em casos com IC isquêmica.
Na sua fala, Melo apresentou estudos que demonstram os prós e contras deste recurso, e ressaltou que os pacientes devem estar cientes do risco de se usar a angioplastia em casos como o que ele descreveu.
A quarta apresentação, de Germano Emilio Conceição Souza, destacou os sinais e sintomas presentes em pacientes com Insuficiência Cardíaca. Ele destacou que, em alguns casos, é necessário o uso de procedimentos invasivos para a avaliação de isquemia. O médico também deixou um recado para os congressistas que vão prestar a prova do TEC. De acordo com ele, apesar do evento trazer novidades, é preciso que os médicos sigam as diretrizes oficiais sobre os temas, que já estão publicadas pela SBC.
Finalizando as apresentações, Carlos Eduardo Lucena Montenegro falou, em sua apresentação, "Os 4 fantásticos para todos os pacientes sem a síndrome clínica de IC?”, sobre o uso medicamentoso para tratamento de Insuficiência Cardíaca.
Nela, o médico percorreu estudos que demonstram quais os medicamentos são indicados para controle dos casos clássicos de IC. Além disso, ele destacou que existe os casos de IC assintomáticos, porém, de acordo com ele, estes casos foram praticamente “excluídos dos principais trials que temos sobre o tema”, dessa forma, não há muitas evidências sobre eles.
Para conferir mais informações sobre o 78º Congresso Brasileiro de Cardiologia, acesse o aplicativo SBC 2023, disponível para Android e iOS.