O que o cardiologista precisa saber e o que esperar do novo curso de Introdução à Genética Cardiovascular
14/11/2024, 14:34 • Atualizado em 14/11/2024, 14:34
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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou, neste mês de novembro, o curso “Introdução à Genética Cardiovascular”, que visa promover uma imersão na aplicação da genética na prática clínica em cardiologia, abordando desde os fundamentos até aplicações avançadas.
Com o avanço da genômica, a cardiologia se beneficia da identificação de variantes genéticas associadas a doenças cardíacas. No Brasil, estudos indicam que a inclusão de testes genéticos na prática clínica pode melhorar o diagnóstico precoce, a estratificação de risco e o tratamento personalizado de pacientes com cardiopatias hereditárias.
A aula inaugural, realizada em 7 de novembro, destacou a relevância da cardiogenética na medicina atual, sua perspectiva no mercado e os desafios da área. “A genética é uma oportunidade única para o futuro e o investimento em educação em genética cardiovascular é um caminho promissor para o sucesso. Ademais, o estudo genético é uma ferramenta essencial no consultório, capaz de salvar vidas”, afirmou Ricardo Stein, cardiologista e um dos palestrantes do evento.
O curso é estruturado em cinco módulos. O primeiro deles é dedicado aos princípios básicos da cardiogenética e aos métodos de diagnóstico, abordando os conceitos essenciais para que o cardiologista aplique a genética na prática clínica, incluindo aulas sobre variantes genéticas, exames como exoma e NGS e interpretação de laudos.
O segundo módulo explora a medicina de precisão em cardiogenética, estudando o papel dos testes genéticos no diagnóstico e manejo de diversas cardiomiopatias, como a hipertrófica, amiloidose e dilatada, além de sua importância para a estratificação de risco dos pacientes.
No terceiro módulo, a interface entre genética e métodos diagnósticos é aprofundada, com discussões sobre como a genética aprimora a interpretação de imagens, como ressonâncias e ecocardiogramas, proporcionando uma análise mais precisa.
O rastreamento familiar ativo, abordado no quarto módulo, destaca a importância de identificar riscos genéticos em famílias, além de enfatizar o papel da equipe multidisciplinar e de questões éticas envolvidas no processo.
Por fim, o quinto módulo traz sessões interativas com discussão de casos práticos, permitindo que os participantes apliquem o conhecimento adquirido em situações clínicas reais. “Nós, cardiologistas, temos a responsabilidade de prover uma assistência de qualidade aos pacientes, utilizando conhecimento e tecnologias para salvar vidas”, concluiu Luciana Sacilotto, coordenadora do curso pela Universidade do Coração da SBC.
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