O d-dímero não é um bom biomarcador de eventos tromboembólicos em crianças com covid-19, sugere estudo
13/05/2024, 14:52 • Atualizado em 13/05/2024, 14:51
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Revisão sistemática mostra a necessidade de estabelecer-se um biomarcador mais adequado neste contexto
Sete artigos foram analisados na Revisão Sistemática intitulada “Elevated D-Dimer as a Marker For Thromboembolic Events in Pediatric Patients With Covid-19: A Systematic Review”, a qual concluiu que níveis elevados de dímero-D na população pediátrica (até 21 anos) com COVID-19 não são um marcador de risco apropriado para o desenvolvimento de eventos tromboembólicos neste grupo.
A publicação está disponível no International Journal of Cardiovascular Sciences e reúne informações integradas a respeito da correlação entre eventos tromboembólicos em crianças com D-dímero aumentado e COVID-19.
Os artigos foram escolhidos de acordo com as recomendações de itens de relatório preferidos para Revisões Sistemáticas e Meta-Análises (PRISMA). Foram pesquisados artigos científicos nas bases de dados PubMed, Scopus, MEDLINE /Bireme (Virtual Library of Health - VLH), Web of Science e EMBASE.
A pesquisa inicial identificou 79 artigos promissores. Após a exclusão de artigos duplicados e análise individual dos demais, apenas sete estudos foram considerados relevantes para responder às perguntas da pesquisa.
Todas as publicações foram revisadas, independentemente, por todos os autores, utilizando a lista de verificação e de avaliação crítica para risco de viés do Instituto Joanna Briggs (JBI).
Uma das principais implicações clínicas seria talvez desaconselhar o uso do marcador como medida para iniciar a anticoagulação profilática em crianças. Essa prática, inicialmente proposta para adultos, foi em alguns casos extrapolada para crianças, devido à falta de melhores opções para essa faixa etária.
A autora ainda ressalta a relevância da publicação para influenciar outros pesquisadores a investigarem um biomarcador mais apropriado para o contexto analisado.
São poucas as informações sobre quadros mais graves de COVID-19 e suas consequências tromboembólicas em crianças, o que limita o conhecimento sobre o manejo desses casos.