Nota de Falecimento
04/07/2016, 14:11 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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Toda despedida é triste. E é com imensa tristeza que comunicamos o falecimento do Dr. Ilmar Kohler, destacado colega cardiologista do Rio Grande do Sul. Após internação recente por problemas cardiovasculares, o Ilmar faleceu enquanto estava em casa, com seus familiares, no dia 01 de julho.
Aos que não tiveram o prazer de conviver com o Ilmar, uma breve descrição da sua história recente dentro da cardiologia: fez mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atualmente era professor da Universidade Luterana do Brasil e coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Divina Providência. Vinha atuando principalmente em Insuficiência Cardíaca, com publicações na área e participações constantes em eventos nacionais e internacionais. Na Sociedade Brasileira de Cardiologia, era membro da Comissão de Julgamento do Título de Especialista em Cardiologia (CJTEC), além de revisor dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. E na Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, foi Presidente em 2004-05, além de Presidente do Congresso em 2016, há pouco mais de 1 mês.
Essa é a história contada do Ilmar, mas não é a história sentida. Falar de tudo o que ele alcançou, por seus méritos e competências, é uma justa e merecida homenagem. Mas, para todos que o conheceram, esses cargos e posições nunca foram o mais importante. Isso é o que menos o definiu durante toda a sua vida. Falar do Ilmar é falar de uma pessoa de convivência agradável, muito ponderado, sempre ético e correto. É lembrar de um colega parceiro, com quem se podia contar sempre que precisasse. É recordar as conversas, médicas e não médicas, em que se ouviam opiniões claras e sensíveis. O Ilmar sempre foi uma pessoa boa, dessas que procuram construir algo, que agregam ideias, elogiam colegas e fazem do exemplo a maior crítica construtiva. Não por acaso foi Paraninfo e Professor Homenageado em várias oportunidades.
Talvez isso seja o que melhor o define: acima de tudo o Ilmar era um amigo, um querido amigo. Que deixa muitas realizações e um grande nome, mas acima de tudo vai deixar um vazio difícil de ocupar, e uma grande saudade. Saudade do convívio e do encontro pessoal, mesmo que as boas memórias e exemplos permaneçam. Ter que se despedir do Ilmar é triste e doído, mas a sua história não termina aí, pois seu legado vai ficar em todos nós que tivemos a felicidade de conviver com ele.