IV Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória
14/10/2024, 15:58 • Atualizado em 15/10/2024, 16:53
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Globalmente, são realizadas 300 milhões de cirurgias anualmente, sendo 3 milhões no Brasil, com uma taxa de mortalidade cirúrgica em torno de 4%. No entanto, a taxa de complicações perioperatórias no Brasil permanece significativamente superior à de outros países.
Em resposta a essas complicações, um novo documento foi lançado no Congresso de Cardiologia, elaborado pelo Grupo de Estudos de Avaliação Perioperatória (GAPO) e pelo Departamento de Cardiologia Clínica (DCC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O documento visa orientar os cardiologistas no manejo de pacientes que requerem avaliação perioperatória, uma demanda cada vez mais frequente na prática médica.
Luciana Fornari, uma das coordenadoras da Diretriz, destaca que o aumento de cirurgias em pacientes idosos e o envelhecimento da população brasileira, associado a condições clínicas complexas, tornam esse documento imprescindível para o manejo perioperatório.
Entre os principais tópicos, o documento apresenta novos algoritmos de avaliação perioperatória e a utilização de biomarcadores para uma estratificação de risco mais precisa. Outros temas incluem a estimativa da capacidade funcional, critérios de fragilidade associados ao envelhecimento, indicação de exames complementares, manejo pressórico atualizado, condutas para procedimentos de baixo risco, e o uso de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes. O documento também aborda particularidades na avaliação de transplantes de órgãos sólidos, como rim e fígado.
O documento ainda oferece orientações sobre investigação e intervenção em casos de doença arterial coronária, estratégias para redução de risco cirúrgico cardiovascular, profilaxia de endocardite infecciosa, e manejo de complicações como infarto agudo do miocárdio, fibrilação e flutter atrial agudos, insuficiência cardíaca e tromboembolismo venoso.
Embora a Diretriz seja voltada principalmente para cardiologistas, ela oferece orientações que visam garantir a assertividade na condução de pacientes cardiopatas, cujas condições clínicas podem diferir das práticas habituais.
Para mais detalhes, o documento completo pode ser acessado clicando aqui.