Investir em saúde ou tratar a DCV nas mulheres: eis a questão!
Investir em saúde ou tratar a DCV nas mulheres: eis a questão!

01/10/2024, 09:12 • Atualizado em 02/10/2024, 09:04

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Saúde Cardiovascular na Mulher é um tema bastante em alta nos dias atuais, e ele foi abordado em diversas mesas durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia. Sua importância tem ganhado destaque nas discussões devido à prevalência crescente nos últimos anos. 

A doença cardiovascular está entre as principais causas de morte entre mulheres no mundo, superando até o câncer de mama. Esse dado tem gerado maior conscientização sobre a importância de abordar a cardiologia de forma mais direcionada ao gênero feminino. O Subdiagnóstico e subtratamento também é responsável pela ascensão do assunto, isso porque historicamente, estudos clínicos sobre doenças cardiovasculares foram realizados predominantemente em homens, o que levou a um entendimento menor das necessidades específicas desse grupo que tem suas características específicas e particularidades restritas ao sexo.

Essa inclusive foi a pauta da aula da professora Noel Merz, diretora do Barbra Streisand Women’s Heart Center, que destacou a importância de reconhecer os padrões da doença cardiovascular das mulheres, que são muito diferentes dos padrões nos homens. 

E ela começou trazendo um desafio para a plateia, apresentando dois quadros de pintores famosos pedindo que os presentes identificassem os respectivos pintores, fazendo uma analogia quanto às diferenças e seus padrões que podem ser replicados para as questões de gênero. A partir dessa dinâmica, e trazendo toda sua expertise, ela mostrou várias questões relacionadas à identificação dos sintomas das mulheres, que é diferente dos homens, principalmente em relação a doenças químicas. “Reconhecer o padrão da doença irá facilitar o diagnóstico já que as diferenças fisiológicas e metabólicas podem influenciar o desenvolvimento de doenças cardíacas e a resposta aos tratamentos” afirmou a professora

“As mulheres muitas vezes apresentam sintomas diferentes e mais sutis de doenças cardíacas, como desconforto abdominal, fadiga, podendo atrasar o diagnóstico. As particularidades advindas da mudança hormonal como a chegada da menopausa, gravidez e condições específicas, como a pré-eclâmpsia, precisam ser levadas em conta na hora de uma avaliação ", destaca a presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher, Glaucia Moraes de Oliveira. 

Esses fatores combinados têm levado a um aumento no foco sobre a cardiologia feminina, com pesquisas e diretrizes médicas cada vez mais voltadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas nas mulheres

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