Incorporação do fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo (FAAE), uma nova opção de tratamento aos pacientes com FA
03/07/2024, 14:54 • Atualizado em 03/07/2024, 14:54
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O fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo (FAAE) foi recentemente incorporado ao Rol da Agência Nacional de Saúde para prevenção de acidentes vasculares cerebrais (AVC) em pacientes com fibrilação atrial não-valvar que apresentam contraindicação e/ou falha à terapia com anticoagulantes orais.
Este tratamento oferece uma alternativa terapêutica para um grupo de pacientes vulneráveis, com risco aumentado de AVC. Embora o tratamento padrão para fibrilação atrial seja a utilização de anticoagulantes orais, uma parcela dessa população não responde adequadamente ou tem contraindicação a essa terapia. Desde 2016, a Diretriz Brasileira de Fibrilação Atrial, traz a indicação do FAAE percutâneo como Classe IIa, Nível de evidência B, alinhando-se com as Diretrizes Americanas e Europeias
A prevalência de fibrilação atrial atinge 5,4% dos pacientes acima de 65 anos, sendo responsável por 15% de todos os AVCs e 30% dos casos em pacientes com mais de 80 anos. Estudos indicam que 90% dos trombos associados à FA têm origem no apêndice atrial esquerdo. Há dispositivos específicos para o fechamento do apêndice, registrados na ANVISA e em uso desde 2013, com uso amparado por múltiplos estudos randomizados e meta-análises robustas.
A incorporação dessa intervenção ao rol de procedimentos da agência reguladora, visa facilitar o acesso a este procedimento, ampliando as opções de tratamento e impactando positivamente na redução da morbimortalidade.
Durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia, haverá uma mesa dedicada à Fibrilação Atrial e Prevenção ao AVC, além de outras discussões relacionadas à Cardiologia Intervencionista, terapias e Diretrizes. Para conferir a programação completa acesse o site e faça sua inscrição.