INC produz revisão rápida da literatura sobre ECA2 e desfechos graves em pacientes com COVID-19.
28/03/2020, 21:41 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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Instituto Nacional de Cardiologia produz revisão rápida da literatura sobre associação entre fármacos que aumentam a expressão de ECA2 e desfechos graves em pacientes com COVID-19.
A organização mundial de saúde (OMS), em 11 de março de 2020, caracterizou o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID 19) como uma pandemia. A COVID 19 trás uma série de desafios à comunidade científica internacional e a produção de informação qualificada é fundamental para orientação da melhor prática clínica.
A porta de entrada do novo coronavírus em humanos é através de ligação com a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2).
Na China, aonde aconteceram os primeiros casos, foi demonstrada a associação de fatores de risco como diabetes e hipertensão com formas mais graves da doença que levam a necessidade de terapia intensiva e ventilação mecânica. Surgiu a preocupação de que pacientes que usam medicações que aumentam a expressão de ECA 2 poderiam ter um pior prognóstico quando acometidos por COVID 19.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia(SBC), em 13 de março de 2020, se pronunciou prontamente em nota esclarecedora que não havia evidências definitivas a respeito da associação entre o uso desses fármacos e maior risco da doença e recomendou a avaliação individualizada do paciente. A OMS se pronunciou da mesma forma sobre o tema referenciando o posicionamento de sociedades médicas internacionais bem com a SBC.
Esse tema motivou um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Cardiologia a realizar uma revisão da literatura que trouxe como recomendação que não se modifique o tratamento dos pacientes que usam IECA e BRA. Como o volume de artigos publicados sobre a infecção pelo SARS-Cov-2 aumenta rapidamente, o grupo se compromete a atualizar a revisão periodicamente.