HCM BRAZIL traz oportunidade imperdível de aprofundamento científico em Cardiomiopatia Hipertrófica
HCM BRAZIL traz oportunidade imperdível de aprofundamento científico em Cardiomiopatia Hipertrófica

16/11/2022, 15:49 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Webinar gratuito sobre o tema, será realizado no próximo dia 30 de novembro, das 20h às 21h30, com organização conjunta da ACC e SBC

Os sócios da SBC terão uma oportunidade única e imperdível para se aprofundar sobre a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH), em webinar realizado no próximo dia 30 de novembro, das 20h às 21h30, presidido pelo Governador no Brasil do American College of Cardiology, Marcus Bolívar Malachias.

O evento é totalmente gratuito e faz parte de uma iniciativa mundial: a Accelerating Innovation for Medical Excellence in Hypertrophic Cardiomyopathy (AIME HCM) [Acelerando a Inovação para Excelência Médica em Cardiomiopatia Hipertrófica], capitaneada pelo American College of Cardiology (ACC) e projetada para difundir o conhecimento junto aos médicos, visando otimizar o gerenciamento da doença e melhorar os seus desfechos.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia em conjunto com o ACC, conceberam a versão brasileira desta iniciativa, denominada HCM Brazil.

"Teremos a oportunidade de apresentar de forma resumida e objetiva, em um Webinar de apenas 1 hora e meia, o que há de mais atual e que é imprescindível para o diagnóstico, seguimento e tratamento de pacientes com CMH. Teremos renomados especialistas que se dedicam ao estudo da doença, sendo 2 norte-americanos e outros 2 brasileiros e eu participarei como mediador das discussões, lembrando que o simpósio é interativo e a audiência poderá enviar as suas dúvidas para o debate", ressalta Marcus Bolívar Malachias.

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardíaca genética relativamente comum, 1 em cada 500 na população geral, o que quer dizer que afeta cerca de 420 mil brasileiros.

Menos de 10% das pessoas portadoras de CMH sabem que têm a doença, apesar do risco de suas sérias complicações. É a causa mais comum de morte súbita em jovens (incluindo atletas competitivos).

Apesar de muitos casos serem considerados benignos, há muitos pacientes como CMH que podem cursar com insuficiência cardíaca, arritmias, incapacidade ao esforço e até a morte súbita.

Além disso, por ser uma doença de transmissão genética, pode afetar muitos membros de uma só família. Por isso, a importância da identificação precoce e tratamento adequado.

Importância do HCM Brazil

Ainda de acordo com Marcus Bolívar Malachias, houve um grande desenvolvimento do conhecimento sobre a CMH nos últimos anos. É fundamental transmitir aos médicos esse conhecimento atual para que melhor identifiquem a doença, possam melhor tratá-la e assim consigam tanto ampliar a qualidade de vida dos pacientes quanto prevenir mortes prematuras.

"A cardiologia moderna possui recursos diagnósticos que podem melhor definir, em cada caso, o risco da doença e o seu melhor tratamento. É importante que cardiologistas e clínicos estejam familiarizados com o uso de ferramentas que vão desde simples questionários de rastreio e a identificação de sinais no eletrocardiograma quanto o diagnóstico das mais de 2.000 mutações de um dos 11 genes envolvidos no desenvolvimento da CMH, passando pelo ecocardiograma e a ressonância magnética cardíaca", explica.

Casos de grande repercussão

Casos famosos de morte súbita em atletas têm chamado a atenção tanto da comunidade científica quanto da população em geral sobre os riscos da CMH. Um dos casos marcantes foi o do jogador de futebol Serginho, do São Caetano, que era portador de CMH e sofreu morte súbita durante uma partida no estádio do Morumbi em 2004. Foi o que aconteceu também com atletas norte-americanos, sendo três de basquetebol (Hank Gathers, Reggie Lewis e Peter Maravich) e uma atleta de voleibol (Flo Hyman), que tiveram morte súbita durante a prática desportiva. Em 2019, o jogador Vitor Flexa, de 17 anos, do clube Avaí de Florianópolis sofreu uma parada cardíaca, mas felizmente foi reanimado pela equipe médica por cerca de 20 minutos até receber o desfibrilador para reverter a arritmia ventricular e ser recuperado. Casos como os que ocorrem com atletas conhecidos ou de equipes renomadas também ocorrem diariamente com anônimos, ceifando vidas prematuramente que poderiam ser salvas, na maioria das vezes sem mesmo um diagnóstico prévio. Por tudo isso, o ACC e a SBC se unem, por meio do HCM Brazil, para difundir o conhecimento e ampliar a discussão sobre a doença e assim salvar vidas.

Anote na agenda:

Data: 30/11 Horário: das 20h às 21h30 Inscrições: Inscrição no Webinar - Zoom

Marcus Bolívar Malachias, cardiologista, PhD pela USP, Pós-doc pela Harvard Medical School; Governador no Brasil do American College of Cardiology (Colégio Americano de Cardiologia), Professor da Faculdade de Ciências Médicas de MG/FELUMA; Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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