Estudo investiga a segurança da ablação por cateter no tratamento da fibrilação atrial em pacientes
Estudo investiga a segurança da ablação por cateter no tratamento da fibrilação atrial em pacientes

29/05/2023, 17:06 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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O procedimento é uma alternativa aos medicamentos antiarrítmicos

A fibrilação atrial é a arritmia mais frequente no mundo. Segundo estudos, sua prevalência aumenta conforme a faixa etária. Em pacientes idosos, a condição está frequentemente associada a comorbidades e à fragilidade, o que torna seu tratamento desafiador.

O artigo Is Age Associated with Complications of Atrial Fibrillation Catheter Ablation?, publicado na última edição do International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), investiga a ablação por cateter em diferentes faixas etárias como um tratamento para a fibrilação atrial.

“As possibilidades de tratamento são medicamentos e ablação por cateter. O motivo da investigação foi avaliar em diferentes idades as complicações do procedimento e, portanto, verificar se a variável idade é um fator determinante nos desfechos da ablação”, explica Carlos Volponi Lovatto, cardiologista e principal autor do estudo.

Para a pesquisa, o desfecho de 219 pacientes submetidos à ablação por cateter foi analisado. A observação foi feita retrospectivamente, com dados de 2016 a 2020. A seleção de pacientes considerou três diferentes faixas etárias: menos de 60 anos, entre 60 e 70 anos e mais de 70 anos.

Todos os pacientes foram submetidos à ablação com protocolo ininterrupto de anticoagulação oral e submetidos à ecocardiografia transesofágica ou angiotomografia do átrio esquerdo antes do procedimento para exclusão de trombos.

A taxa de complicação geral ficou em torno de 4,6%. Para pacientes com menos de 60 anos, a mesma taxa foi de 3,3%. Entre 60 e 70 anos foi de 5,7% e para maiores de 70 anos o número foi de 5,2%. Não ocorreu morte em nenhuma das idades.

O estudo mostra que não houve diferença significativa nas complicações relacionadas à ablação por cateter em pacientes com fibrilação atrial, independente da faixa etária.

O resultado ajuda a comprovar a hipótese inicial do estudo, de que a ablação por cateter é uma alternativa segura para a manutenção do ritmo sinusal.

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