Desafios na prevenção da morte súbita
01/10/2024, 09:16 • Atualizado em 01/10/2024, 09:16
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Durante o Congresso, o tema da morte súbita no esporte foi amplamente debatido, destacando-se a importância de estratégias preventivas. A morte súbita em atletas, uma condição rara porém devastadora, ocorre com uma taxa de 1 a 2 casos por 100.000 pessoas por ano. Os homens são mais afetados do que as mulheres, com incidência maior em esportes como futebol e basquete. A complexidade na detecção precoce dessas condições torna a prevenção desafiadora, principalmente durante atividades intensas de treino ou competição, quando 90% dos casos ocorrem.
As principais causas variam conforme a faixa etária: em atletas jovens, doenças como miocardiopatia hipertrófica e displasia arritmogênica do ventrículo direito são mais comuns, enquanto em atletas com mais de 35 anos, a doença arterial coronariana é a principal responsável. Os avanços nos exames, como eletrocardiogramas (ECG), ressonância magnética e genética, podem identificar anormalidades estruturais e arritmias, oferecendo uma chance de intervir antes que a tragédia ocorra.
Entretanto, a avaliação pré-participação continua sendo um desafio. Um sistema de rastreamento clínico, que inclua anamnese detalhada, exame físico e ECG, é crucial para identificar possíveis cardiopatias. Quando detectadas anomalias, exames complementares e diagnósticos diferenciais são essenciais. A decisão final sobre a elegibilidade de um atleta deve ser feita em conjunto com especialistas, priorizando a segurança.
Por fim, a implementação de planos de ação emergencial em eventos esportivos, incluindo equipes treinadas e desfibriladores automáticos externos (DEA), foi apontada como fundamental. Esses protocolos podem salvar vidas em momentos críticos, mostrando que a prevenção da morte súbita no esporte, apesar de desafiadora, é possível e deve ser prioridade.