Deputada paraense defende uma saúde integrada para melhorar o sistema
28/10/2019, 10:51 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
Compartilhar
A cardiologista e deputada estadual do Pará, Heloisa Guimarães, que já foi secretária de Saúde do Estado, tem uma proposta legislativa para fomentar o crescimento das sociedades estaduais de cardiologia. Ela esteve reunida com o presidente eleito da SBC, Marcelo Queiroga, em Belém do Pará.
“A partir do Pará, Heloisa Guimarães vai criar uma grande corrente que atingirá todo o país, dando condições às Regionais da SBC de trabalhar em seus estados para incrementar a Atenção Primária à Saúde e com isso reduzir a prevalência das doenças cardiovasculares”, contou Marcelo Queiroga, após o encontro. Segundo ele, a proposta ainda visa melhorar o atendimento na média complexidade, promovendo uma interação maior entre o especialista e as Unidades Básicas de Saúde e articular uma melhora na assistência de alta complexidade, para que possa fluir de forma mais apropriada para reduzir a mortalidade.
“A ideia é que as sociedades científicas possam ter o Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social, sendo de utilidade pública, para serem centros de assistência social. Assim conseguiremos transformar todo o nosso capital científico, que é gigantesco, em capital social”, defende a parlamentar para que o benefício chegue às pessoas que mais precisam e não conseguem ter acesso. “Por melhor que seja a política pública do Brasil, muitos brasileiros não têm a menor chance e aguardam anos por uma simples consulta e sem segmento. Está na hora de repensarmos novos caminhos”, completou Heloisa Guimarães.
O Pará é um grande exemplo, já que tem dimensões de muitos países e o desafio de secretária de Saúde foi muito grande. Heloisa Guimarães é cardiologista intervencionista e atua na altíssima complexidade, mas conseguiu compreender as necessidades da Atenção Primária. “O olhar traduz o sentimento da pessoa e tivemos sensibilidade de perceber quais eram as especialidades que a população mais precisava. Fizemos gigantescas caravanas no Pará, de barco, de ônibus, de avião, nas seis regiões do estado. Conseguimos manter isso por cinco anos ininterruptos, atendendo oito milhões de pessoas. Eram caravanas com mais de 14 especialidades, com Eletro, Eco, Raio-X, toda a parte da saúde da mulher e do homem. Mas no ano eleitoral não pudemos dar continuidade ao trabalho”, contou. “Precisamos alterar a legislação para que possamos integrar todas as especialidades”, propos a cardiologista parlamentar.