Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ, participa da inauguração do Espaço Carlos Chagas
27/11/2020, 14:11 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30
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Novo espaço da SBC, localizado em sua sede no Rio de Janeiro, foi inaugurado dia 20 de novembro, e deu início ao 75º Congresso Brasileiro de Cardiologia
Convidada de honra da inauguração do Espaço Carlos Chagas, no último dia 20 de novembro, na sede da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no Rio de Janeiro, a magnífica reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho, participou da solenidade de forma remota.
Na ocasião, ocorreu também o descerramento do mural “No Coração dos Trópicos”, obra de arte que conta a história da cardiologia brasileira através do último século. Denise elogiou a beleza do painel e ressaltou que a pintura está totalmente conectada com o caminho trilhado pelos pioneiros da medicina brasileira. Ela também falou sobre integração das instituições de ensino e pesquisa para a evolução da medicina.
“Estar aqui hoje no início desse importante evento da cardiologia brasileira – o 75º Congresso Brasileiro de Cardiologia – para uma das sociedades de cardiologia mais importantes do mundo, tem a ver com o caminho trilhado pelos pioneiros da medicina brasileira, entre os quais figuram Oswaldo Cruz e Carlos Chagas”, ressaltou Denise.
Além das célebres figuras mencionadas pela reitora, entre os destaques retratados na pintura estão nomes como Miguel Couto, Dante Pazzanese, Luiz Décourt, Magalhães Gomes, Adib Jatene, Euryclides Zerbini e outros tantos que muito contribuíram para a evolução da medicina no Brasil.
“Quis o destino que nesse ano estivéssemos enfrentando uma pandemia, assim como Carlos Chagas enfrentou, em 1920, a gripe espanhola. Quis o destino que a UFRJ, sua casa, onde ele se formou médico – a primeira escola médica do Brasil –, estivesse em 2020 completando o seu centenário, assim como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estivesse neste ano comemorando 120 anos. Estamos falando de duas importantes instituições, que são o berço da medicina nacional, da pesquisa translacional e nós vamos seguir, tanto a UFRJ, quanto a Fiocruz e as demais instituições públicas brasileiras de ensino médico e nas outras áreas do conhecimento, porque esse é o certo, a integração entre as diferentes áreas da pesquisa e das atividades de assistência”, reiterou Denise.
Para ela, esse é o século da integração entre as diferentes áreas da pesquisa e das atividades de assistência. A união em nome da produção do conhecimento para o avanço da medicina, do nível curricular até o atendimento dos pacientes, é imprescindível para que haja um tratamento mais personalizado através da chamada medicina de precisão.
“Os nossos desafios são enormes – nos próximos anos – e grupos, sociedades médicas no mundo todo sabem que não é fácil, por exemplo, enfrentar uma pandemia pelo coronavírus, assim como não foi fácil para Carlos Chagas entender a malária, o ciclo da chamada doença de Chagas – a tripanossomíase americana. Não foi fácil, mas ele conseguiu. Infelizmente ainda não conseguimos tratamentos eficazes para essas doenças, assim como não conseguimos soluções eficazes para algumas viroses, mas, em breve, como somos otimistas e trabalhamos com muita seriedade, tenho certeza que avançaremos mais rapidamente com ajuda de todas as sociedades que primam pela excelência. As nossas instituições de pesquisa estão unidas para que a medicina brasileira avance ainda mais”, afirmou Denise.
Para o presidente da SBC, Marcelo Queiroga, contar com a presença da reitora de uma das maiores universidades do Brasil em um evento da entidade, além de honraria, ratifica também a importância da Sociedade no cenário da saúde do país, que por meio da educação médica continuada de qualidade em cardiologia para médicos de todo o país, cumpre seu objetivo de contribuir com a qualificação dos profissionais para reduzir os óbitos por doenças cardiovasculares.