Defesa da Cardiologia: Atuação da SBC na Preservação da Coordenação de UTIs Cardiológicas no Brasil
31/01/2025, 19:02 • Atualizado em 31/01/2025, 15:58
Compartilhar
A SBC tem intensificado sua atenção aos temas que envolvem a atuação dos cardiologistas. A participação em discussões técnicas, científicas e, especialmente, políticas integra uma estratégia de posicionamento e defesa institucional, visando contribuir para uma prática clínica cada vez mais qualificada, ética e profissional, promovendo a valorização e o fortalecimento da cardiologia no Brasil.
Um exemplo recente dessa atuação é o pleito encaminhado ao Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitando o adiamento da votação sobre a revogação da Resolução nº 2.135/2015 por meio das Câmaras Técnicas dos Conselhos Regionais de Medicina. Esta resolução reconhece a capacidade técnica dos cardiologistas para coordenar Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Cardiológicas, incluindo Unidades Coronarianas e Unidades de Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca, cuja atuação tem vasta carga horária na formação, além programas de residência médica dedicados ao cardiointensivismo.
A SBC apresentou um documento técnico robusto que destacando os riscos assistenciais e operacionais associados à revogação da resolução, enfatizando os impactos negativos no manejo das doenças cardiovasculares no Brasil. O documento também sublinhou a necessidade de estabelecer regras de transição que contemplem os cardiologistas já atuantes enquanto se consolida o Cardiointensivismo como área de atuação reconhecida.
Apesar do adiamento da decisão e de todos os esforços empreendidos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu pela revogação da Resolução CFM nº 2.135/2015 em plenária realizada em Brasília, ontem, dia 30 de janeiro de 2025. A revogação foi aprovada pelo plenário, mesmo com votos favoráveis de vários membros pela manutenção da norma.
A SBC lamenta profundamente essa decisão, a qual considera equivocada. Após a publicação oficial das deliberações irá analisar os fundamentos e definir as medidas cabíveis, permanecendo atenta e pronta para discutir e defender pautas que impactam diretamente os profissionais da área e o bem-estar do paciente.
Além disso, reitera seu compromisso com seus associados sobre os desdobramentos de temas relevantes para a cardiologia e políticas de saúde pública.