Conselho Administrativo da SBC tem sua primeira reunião de 2024
Conselho Administrativo da SBC tem sua primeira reunião de 2024

18/03/2024, 14:38 • Atualizado em 21/03/2024, 14:26

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Entre os destaques da agenda, a preparação dos 2 grandes eventos que marcarão este ano como oportunidades muito especiais para atualização científica e networking

 

Aconteceu, no dia 31 de janeiro, a primeira reunião anual do Conselho Administrativo da SBC. O encontro, realizado na sede do Rio de Janeiro, ocorreu sob a nova gestão, que tem os Conselheiros Weimar Barroso e Gerson Luiz Bredt na presidência e vice-presidência, respectivamente.

 

Entre os destaques da agenda, está a reestruturação dos Comitês, sob a coordenação dos Conselheiros, e os ajustes finais para a realização do 1° Encontro de Departamentos, que acontecerá em abril em São Paulo.

 

Por fim, a adequação das propostas das reformas estatutárias que serão apresentadas na Assembleia dos Delegados, marcada para o segundo semestre, também foi discutida.

 

A reunião proporcionou a oportunidade de entrevistar os doutores Weimar e Gerson sobre os destaques da agenda estratégica da SBC em 2024. Também apuramos a expectativa de ambos frente à liderança do Conselho e a importante trajetória na cardiologia e no associativismo.

 

Entrevista com Weimar Barroso

Chapéu

 

“Minha expectativa neste ano como presidente do Conselho é dar continuidade a um trabalho muito forte que vem sendo realizado ao longo desses dois anos, para melhorar a gestão da nossa sociedade e aprimorar a qualidade dos nossos Congressos”, afirma o atual presidente do Conselho Administrativo da SBC.

 

Qual a sua expectativa frente à presidência do Conselho Administrativo e a importância da sua gestão dentro do associativismo?

 

Este é o meu terceiro ano no Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Eu já tive a oportunidade de participar como presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da nossa sociedade. Participei de duas diretorias, anteriormente, e posso dizer que este modelo de gestão, esta forma de governança, é, a meu ver, um avanço em relação ao modelo anterior, justamente por permitir a descentralização das decisões a serem tomadas e por permitir, de forma mais democrática, que as posições ocupadas no Conselho aconteçam de maneira a distribuir a representatividade nas várias regiões do nosso país.

Minha expectativa neste ano, como presidente do Conselho, é dar continuidade a um trabalho muito forte que vem sendo realizado ao longo desses dois anos para melhorar a gestão da nossa sociedade e aprimorar a qualidade dos nossos Congressos.

 

Eu acredito que isso vem ocorrendo de maneira bastante efetiva, mas também seguirei trabalhando pela qualidade da Ciência. 

 

A cardiologia é uma especialidade que valoriza muito a medicina baseada em evidências, a qualidade dos programas de educação médica continuada, e a qualidade da assistência médica em nosso país.

 

Zelarei para que o nosso cardiologista possa cada vez mais exercer a sua especialidade, com um enorme respeito da nossa sociedade, mas também da sociedade brasileira e dos gestores deste país. 

 

Igualmente, desejo que a população brasileira possa ser merecedora de avanços ainda maiores em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas também na medicina suplementar, oferecendo cuidados para os fatores de risco cardiovasculares.

 

Quais os desafios que considera mais importantes em 2024, sob a perspectiva das entregas necessárias junto ao sócio e no cumprimento da missão da SBC?

 

Nós temos vários desafios. Há o desafio de tornar a gestão mais ágil; bem como o desafio de melhorar ainda mais a comunicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia com seus sócios.

 

Também o desafio de ouvir os sócios e fazer com que a vontade deles esteja presente nas ações da nossa sociedade. O desafio de tornar nossos congressos ainda melhores.

 

Temos, ainda, o desafio de atrair o jovem cardiologista para dentro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, fazendo com que eles compreendam que a agenda da SBC impacta na qualidade do cuidado com a saúde cardiovascular de milhões de pessoas.

 

Considero que o foco principal, estando atualmente como presidente do Conselho, é o desafio de trabalhar junto aos órgãos gestores e governamentais para adotar políticas de saúde ainda mais eficientes no cuidado com os fatores de riscos cardiovasculares da nossa população, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), no qual a maioria da população brasileira busca atendimento.

 

Além do Congresso Brasileiro de Cardiologia, em 2024, teremos o primeiro Encontro de Departamentos. Qual é a importância desses dois eventos e como eles se complementam?

 

Este ano teremos o Encontro de Departamentos. Eu também vejo esta iniciativa como um grande avanço.

 

As ações voltadas para o cardiologista, para melhorar seu nível de educação médica continuada, são sempre muito bem-vindas em nossa sociedade.

A SBC é composta pelas estaduais, que são os braços da SBC nos nossos estados, e pelos departamentos, que são os braços da Sociedade Brasileira de Cardiologia nas principais subespecialidades da nossa área.

 

O Encontro de Departamentos tem o propósito de reunir os diversos departamentos da SBC no mesmo espaço, discutindo os aspectos mais profundos e específicos de cada área de atuação.

 

Por isso, esperamos promover discussões de grande valor científico, aprofundando ainda mais o conhecimento e discutindo perspectivas em cada área dos nossos departamentos.

 

Além disso, este evento visa fortalecer os departamentos da SBC, proporcionando uma comunhão voltada para a discussão científica de alto nível. Ele se complementa ao Congresso Brasileiro de Cardiologia, que traz uma riqueza de informações tanto para especialistas quanto para médicos generalistas e outros profissionais de saúde de diferentes áreas.

 

Ambos os eventos contribuem significativamente para a atualização científica e para a promoção de conhecimento na área cardiovascular.

 

 

Entrevista com Gerson Luiz Bredt

Chapéu

 

“Terei a honra de ser o vice-presidente na gestão do Dr. Weimar Barroso. Espero poder ajudar os demais conselheiros e, por consequência, a todos os sócios da SBC na priorização e na implementação dos nossos objetivos e desafios”, afirma o vice-presidente do Conselho Administrativo da SBC.

 

Dentro das atribuições da Vice-Presidência, qual a sua expectativa diante dos principais desafios e oportunidades da SBC neste ano de 2024?

 

Esse novo modelo de gestão da SBC, no qual as decisões são tomadas por um conselho rotativo, formado por 10 membros, tornou mais dinâmica e eficiente as tomadas de decisões, que representa todas as regiões do país.

 

Neste ano, terei a honra de ser o vice-presidente na gestão do Dr. Weimar Barroso. Espero poder ajudar os demais conselheiros e, por consequência, a todos os sócios da SBC na priorização e na implementação dos nossos objetivos e desafios.

 

Nós temos desafios importantes, seja do ponto de vista científico, em tentar manter a excelência das nossas publicações, especialmente as nossas diretrizes, que são as principais publicações ao longo do ano, e as revistas SBC, além da manutenção da excelência dos nossos eventos.

 

Principalmente, este ano que teremos, além do Congresso Brasileiro, nosso primeiro Encontro de Departamentos.

 

Além disso tudo, iremos trabalhar sempre em harmonia com os departamentos da SBC e em harmonia com as regionais da SBC, visando atender às demandas em saúde cardiovascular no Brasil.

 

Tivemos ao longo de 2023 várias ações integrativas com as sociedades estaduais em departamentos. Devemos seguir por esse caminho em 2024? E qual a importância dessas iniciativas em termos de representatividade?

 

Sem dúvida, eu acho que esse caminho deve se seguir e deve ser otimizado, de modo geral.

 

No ano passado, de maneira inédita, foi realizado um Fórum com as estaduais para tentar integrar e compreender as demandas das estaduais, assim como as estaduais compreender o funcionamento da SBC.

 

Nós pretendemos repetir esse Fórum neste ano e buscar aumentar nossa proximidade com este público tão importante para nossa SBC em termos de representatividade.

 

Neste ano, a SBC irá realizar dois eventos que são o Encontro dos Departamentos e o Congresso Brasileiro de Cardiologia. Como é que o senhor diferencia esses dois eventos? E qual a importância deles para os cardiologistas e para a saúde cardiovascular?

 

A SBC é composta por diferentes Departamentos e esses Departamentos são muito heterogêneos.

 

São Departamentos que cobrem áreas diferentes da cardiologia e com uma enorme amplitude em termos de foco. Além disso, há uma enorme diversidade entre estes departamentos. Uns são maiores e têm mais facilidade para a realização de seus eventos próprios. Outros, menos, já sentem mais dificuldades.

 

O Encontro de Departamentos tem como objetivo oferecer, na mesma data e no mesmo local, uma agregação desses eventos que seriam em locais diferentes e em datas diferentes.

 

Desta forma, o Encontro do Departamentos tenta proporcionar uma viabilidade maior para os Departamentos que teriam maior dificuldade, tornando mais homogênea a possibilidade de viabilização destes eventos que são tão importantes cientificamente para a cardiologia brasileira.

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