Confira o posicionamento da SBC para manutenção da proibição do cigarro eletrônico
22/12/2023, 19:19 • Atualizado em 09/02/2024, 19:08
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Anvisa abre Consulta Pública para debater o tema
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) iniciou uma consulta pública, que ficará aberta até 09 de fevereiro, para rediscutir a regulamentação de cigarros eletrônicos. A norma vigente RDC 46/2009 proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda. O objetivo é definir, por meio da participação da sociedade civil, se a proibição se mantém ou se haverá a liberação para o uso e comercialização destes produtos.
Participaram desta discussão sociedades médicas, organizações sanitárias, ONGs, ex-fumantes e a indústria tabagista. A SBC montou um grupo de trabalho para contribuir cientificamente para a discussão.
O grupo foi liderado pela cardiologista e pesquisadora do Incor, Jaqueline Scholz, que coordena as ações contra o Tabagismo na SBC. Gerson Bredt e Ricardo Pavanello, representando o Conselho Administrativo, participaram desta iniciativa.
"Trabalhamos em uma revisão bibliográfica, alinhada com a experiência clínica de nós, cardiologistas, e da Dra. Jaqueline Scholz, que é uma das maiores especialistas no tema no Brasil" explica o Conselheiro Gerson Bredt.
Ainda segundo Bredt, havia uma premissa de que o cigarro eletrônico pudesse ser uma ferramenta para ajudar os pacientes tabagistas convencionais que quisessem parar de fumar e também que fosse uma ferramenta de redução de danos para aqueles que desejam parar de fumar. "Nada disso se comprovou verdadeiro", complementa.
Estudo científico conduzido por Jaqueline Scholz comprovou que a maior parte dos usuários de cigarro eletrônico tem uma concentração de nicotina maior do que os usuários de cigarro convencional.
Outro aspecto que justifica o posicionamento contrário à liberação do cigarro eletrônico é o forte apelo que o produto tem sobre os jovens. "A SBC, por meio de sua participação neste debate público de maior relevância, pretende conscientizar a população da importância de votar ou defender o voto pelo não na Consulta Pública aberta pela Anvisa", finaliza.