ABC Cardiol cresceu 147% em número de submissões nos últimos seis anos
ABC Cardiol cresceu 147% em número de submissões nos últimos seis anos

15/08/2022, 15:24 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Dados coletados pela SBC apresentam o aumento no fator de impacto da revista

Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia (ABC Cardiol) registraram aumento de 293 submissões de artigos científicos na comparação entre 2021 e 2016. O crescimento indica maior número de pesquisas em desenvolvimento no Brasil, ressaltando o crescimento da cardiologia brasileira. De 2016 até junho deste ano, a revista aprovou 1244 artigos, dado que propulsionou a realização do World Congress of Cardiology (WCC) no Brasil. O evento acontecerá no Rio de Janeiro entre 13 e 15 de outubro e também recebeu recorde de submissões com taxa de 61,1% de trabalhos aprovados.

O fator de impacto (FI) da revista, razão entre citações e publicações citáveis, também cresceu. Em 11 anos, a métrica dobrou: em 2009, o FI era de 1,3 e em 2021 saltou para 2,6. De acordo com Carlos Rochitte, editor-chefe do ABC Cardiol, comparações quantitativas com países com investimentos muito superiores na ciência, como os Estados Unidos, não são válidas. No entanto, o médico destaca que qualitativamente os trabalhos brasileiros se equiparam e ganham cada vez mais força. “O Brasil com certeza é o país que mais produz estudos científicos na América Latina e nossa Cardiologia tem um padrão ouro, sendo respeitada no mundo inteiro”, afirma.

Paulo Caramori, Coordenador do Comitê Científico da SBC, credencia o crescimento a uma série de fatores que incluem o maior suporte da fonte de pesquisas, o aumento no interesse internacional na ciência brasileira e a maior pujança da SBC. “Mas o principal combustível de tudo isso é o cardiologista brasileiro e nosso interesse em produzir ciência de qualidade”, afirma.

Nos últimos três anos, a USP foi a instituição com maior número de submissões no ABC Cardiol, seguida pela Unifesp, pela UFRJ e pelo Hospital Albert Einstein. São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do sul foram os estados que mais submeteram estudos. Além dos pesquisadores brasileiros, o levantamento realizado pela SBC mostrou que os Estados Unidos, Portugal e Turquia são os três países com maior presença nas submissões do ABC Cardiol.

Das áreas de estudo com maior expressividade, a síndrome coronária aguda liderou, representando 15% das submissões. Em segundo lugar, a insuficiência cardíaca (11%), seguida pela epidemiologia (10%), o que representa um impacto da pandemia de COVID-19 nas pesquisas. Diante da correlação da infeção pelo SARS-CoV-2 com problemas cardiovasculares, o ABC Cardiol recebeu 490 artigos científicos sobre o tema desde 2020.

Esses debates serão ampliados durante o WCC 2022 que reúne os principais nomes da cardiologia mundial e acontece concomitantemente ao 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia.

Para inscrever-se acesse o site: https://www.worldcardio2022.com/inscricao

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