DECAGE News 21 - 2016

31/12/2015, 22:00 • Atualizado em 24/01/2025, 13:42

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO DECAGE

Caros Amigos,

Assim como a SBC, o DECAGE inicia o ano de 2016 com uma nova Diretoria, que tem como desafio dar continuidade aos projetos oriundos das Diretorias antecedentes. Incentivando e promovendo as atividades de educação continuada relacionadas ao processo do envelhecimento cardiovascular e os cuidados do idoso portador de cardiopatia.

Procuraremos aprofundar a bem-sucedida parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), através de atividades científicas regionais e nacionais. O DECAGE promoverá atividades modernas discutindo inovações tecnológicas e conceituais, como por exemplo assuntos relacionados à genética, imunização, nutrição, emergências cardiovasculares em idosos, além dos temas tradicionais da cardiologia presentes sempre em maior frequência no paciente idoso.

O DECAGE pretende que suas atividades sejam descentralizadas e promovidas em diversas regionais do País. Para isto trabalharemos em pareceria com os Presidentes das Estaduais, através de nossos representantes regionais. Outro importante objetivo da atual Diretoria será a atualização das Diretrizes Brasileiras de Cardiogeriatria.

O Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria, neste ano em sua 13ª edição, ocorrerá na maravilhosa cidade de Natal/RN, durante os dias de 21e 22 de outubro. Tradicional entre os cardiologistas, por ser um dos últimos do ano, tem a condição de discutir as novidades debatidas no American College of Cardiology Congress, European Congress of Cardiology e Congresso Brasileiro de Cardiologia. Como o idoso apresenta patologias em todas as áreas da cardiologia e por ser um congresso de departamento, seu formato favorece a revisão e atualização dos temas de forma prática e interativa. Reserve esta data!

Sejam todos muito bem-vindos ao DECAGE,

José Maria Peixoto
Presidente DECAGE (2016-2017)

 MENSAGEM DO DIRETOR CIENTÍFICO

O idoso vive cada vez mais! Associado a este fato, a doença cardiovascular continua sendo a principal causa de mortalidade em nosso país! Além disso, observa-se o aumento de comorbidades e o uso de múltiplos medicamentos em nosso paciente idoso, vários especialistas opinando e intervindo, bem como a incorporação de novas tecnologias! Além de que, muitas vezes os idosos são excluídos de estudos clínicos!

Essa combinação de fatores geram obrigatoriamente a busca de novos conhecimentos e a racionalização na aplicação dos existentes pois o idoso tem peculiaridades orgânicas, psicológicas, familiares e sociais que fazem com que o médico use ao máximo o seu raciocínio nos tratamentos e nas intervenções, constituindo um grande desafio no dia a dia.

O DECAGE tem a missão de, através de seus variados eventos científicos nacionais e regionais e suas publicações,trazer conhecimento prático e proporcionar troca de experiências entre cardiologistas e geriatras em um ambiente agradável e construtivo!

Vamos em frente que o desafio é grande.

Ronaldo Fernandes Rosa
Diretor Científico (2016/2017)

MENSAGEM DA EDITORA

Prezados colegas

Estamos dando continuidade ao trabalho iniciado na gestão do Dr. Josmar Castro no período de 2014-2015.

O DECAGE NEWS tem como objetivos divulgar as notícias do DECAGE-SBC e abordar temas científicos que venham a auxiliar as condutas médicas no paciente idoso.

Contamos com a colaboração de todos os colegas para seguir com esse trabalho.

Participe e torne-se sócio do nosso departamento.

Elizabeth da Rosa Duarte
Editora (2016/2017)

ESQUINA CIENTÍFICA

É imprescindível ensinar o raciocínio clínico para diminuir erros diagnósticos - CLIQUE AQUI
José Maria Peixoto (MG)

INFORMES

 

Conheça a diretoria do DECAGE 2016-2017:

Presidente - José Maria Peixoto (MG)
Vice Presidente - Teresa Cristina Rogério da Silva (BA)
Diretor de Relações com as Sociedades Estaduais - Abrahão Afiune Neto (GO)
Diretor de Eventos - Elizabete Viana de Freitas (RJ)
Diretor Administrativo - Aristóteles Comte de Alencar Filho (AM)
Diretor Financeiro - José Carlos da Costa Zanon (MG)
Diretor Cientifico - Ronaldo Fernandes Rosa (SP)
Diretor de Comunicação - Elizabeth da Rosa Duarte (RS)


Visite a página do DECAGE no facebook: https://www.facebook.com/decage.cardiogeriatria

 

 

Esquina Científica

Decage News - 021 (Janeiro/2016)

É imprescindível ensinar o raciocínio clínico para diminuir erros diagnósticos
José Maria Peixoto (MG)

Praticamente todos os pacientes irão sofrer um erro de diagnóstico ao longo de suas vidas, às vezes com consequências devastadoras! Com esta frase de forte impacto, McGlyn (2015) iniciou seus comentários na sessão ponto de vista da penúltima revista JAMA de 2015.Embora um diagnóstico correto seja fundamental para todas as decisões em medicina, pouca atenção tem sido dada a esta etapa do atendimento médico. Esta é a conclusão apresentada pelo Institute of Medicine of ScienceEngineering, and Medicine, que recentemente publicou o documento: Improving Diagnosis in Health Care (http://nas.edu/improvingdiagnosis).

Segundo essa publicação os erros diagnósticos são um problema real que necessitam atenção e deveriam mobilizar a colaboração de todos: pacientes, profissionais de saúde, organizações públicas e privadas. Sugerem ser necessário encontrar meios para que os erros de raciocínio possam ser quantificados e tratados como indicadores de qualidade. Só assim será possível estabelecer a magnitude do problema, determinar suas causas e promover treinamento efetivo. Khullar (2015), aponta que os erros diagnósticos são clinicamente e financeiramente, mais relevantes hoje que no passado. Como exemplo cita que antes da criação das unidades coronarianas a mortalidade de um infarto do miocárdio era superior a 30%. Com o desenvolvimento dessas unidades e melhoria da terapêutica, a mortalidade hoje é próxima de 5%. Portanto um erro diagnóstico hoje tem maiores implicações para o paciente e o sistema de saúde (Khullar, Jha, & Jena, 2015).

Se os fatos chamam a atenção para a atenção médica em geral, imaginem o que ocorre na população geriátrica onde as manifestações das doenças são muitas vezes atípicas e problemas cognitivos dificultam a anamnese.

É sobre esse importante tema, o processo da aquisição da habilidade do raciocínio clínico e os métodos instrucionais para o seu treinamento, que versou a Tese de Doutorado do atual Presidente do DECAGE, José Maria Peixoto, defendida em dezembro/2015 na UFMG, no Departamento de Patologia Investigativa. Neste estudo, que contou com a colaboração científica da Erasmus Universiteit Rotterdam, o objetivo foi investigar o efeito da estratégia instrucional da autoexplicação orientada para os mecanismos fisiopatológicos (AEOMF)na acurácia diagnóstica de estudantes de medicina durante a resolução de casos clínicos (síndromes ictéricas e de dor torácica). Trata-se de um estudo experimental com uma fase de treinamento e outra de avaliação, realizado em 39 estudantes de medicina do quarto ano. Na fase de treinamento, o grupo experimental (n=20) resolveu oito casos clínicos, realizando AEOMF enquanto o grupo controle (n=19) resolveu o mesmo grupo de casos, sem nenhuma orientação específica. Após uma semana, na fase de avaliação, os alunos de ambos os grupos resolveram, sem nenhuma orientação específica, um novo conjunto de casos clínicos. A acurácia diagnóstica dos estudantes foi avaliada nos dois momentos. Após análise dos dados, verificou-se que aAEOMF não melhorou a acurácia diagnóstica dos alunos de forma generalizada. No entanto, a AEOMF parece favorecer a acurácia diagnóstica para síndromes clínicas que compartilham o mecanismo fisiopatológico, o aprendizado foi maior para as síndromes ictéricas em relação às síndromes de dor torácica.

Como vemos, o estudo do raciocínio clínico é importante e tem sido fonte de preocupação de instituições envolvidas com a qualidade da assistência médica. Apesar disto, nota-se grande escassez de pesquisa científica sobre o assunto e, portanto, trata-se de uma interessante linha de pesquisa a ser desenvolvida.

Referências: Khullar, D., Jha, A. K., & Jena, A. B. (23 de September de 2015). Reducing Diagnostic Errors - Why Now? The New England Journal of Medicine. doi:DOI: 10.1056/NEJMp1508044 McGlynn, E. A., McDonald, K. M., & Cassel, C. K. (December de 2015). Measurement Is Essential for Improving Diagnosis and Reducing Diagnostic Error. JAMA, 314, pp. 2501-2501.

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