DECAGE News 20 - 2015

30/11/2015, 22:00 • Atualizado em 24/01/2025, 13:40

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Caros Amigos,

Chegamos ao final do ano e ao final do mandato da atual gestão. Nada mais justo do que registrar nosso agradecimento pela acreditação e o apoio recebido durante estes dois anos de trabalho. Se fizermos um balanço de nossas atividades no biênio 2014/2015, temos certeza de que tivemos um superávit bastante gratificante. Com orgulho, podemos dizer que crescemos e isto foi possível pela união e comunhão de ideais que sempre nortearam este departamento.
 
Como no voo dos gansos é chegada a hora de um novo membro assumir esta coordenação. Sob sua orientação continuaremos todos juntos e voando sempre mais alto e mais unidos. Assim, desejamos ao novo Presidente e Diretoria todo sucesso possível, pois sabemos que sob sua orientação o DECAGE continuará voando cada vez mais alto.
 
Finalizando, lembro agora de um texto chamado “cortar o tempo”.

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, como outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente.”

Carlos Drummond de Andrade

Que o ano novo esteja repleto de boas ideias e que elas possam ser concretizadas. À Diretoria que assume os rumos do DECAGE, nosso apoio irrestrito e sucesso nesse trabalho tão gratificante.

Obrigado a todos pelo privilégio de ter dirigido o DECAGE nestes dois anos.

Feliz Natal e um Novo Ano repleto de saúde, paz e sucesso.

Josmar de Castro Alves
Presidente DECAGE (2014/2015)

 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO EDITOR

“Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano, sempre que alguém descobre esse poder algo antes considerado impossível se torna realidade.”
(Albert Einstein)

Feliz Natal a todos e que nossos sonhos se realizem nesse novo ano que se anuncia.

Elizabeth da Rosa Duarte
Diretora de Comunicação (2014/2015)

ESQUINA CIENTÍFICA

Calcium intake and risk of fracture: Systematic Review - CLIQUE AQUI
Alvaro Cattani (PA)

XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOGERIATRIA

Conhecendo Natal – 1ª PARTE

Caros Amigos,

Natal sediará o XII Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria, nos dias 21 e 22 de novembro de 2016, no Centro de Convenções do Hotel Sehrs.

Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, foi fundada em 1599 às margens do Rio Potengi. Com uma área de 170,298 km², de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE), de 2012 Natal é conhecida por suas belezas naturais, lindas praias, dunas, lagoas e coqueiros.

Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje correspondem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.

Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.

Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado que começa evoluir foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Castelo de Keulen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos Holandeses, a cidade volta à normalidade.

Até o próximo DECAGE NEWS com novos informes.

Josmar de Castro Alves
Presidente do XIII Congresso AGE

natal.rn.gov.br

 

 

Entrevista

Decage News - 020 (Dezembro/2015)

Calcium intake and risk of fracture: Systematic Review
Alvaro Cattani (PA)

Esta é uma revisão robusta sobre suplementação de cálcio e risco de fratura feita por um grupo da Nova Zelândia.
 
A suplementação de cálcio adicional a dieta é universalmente utilizada em mulheres idosas, seguindo orientações ou guidelines de vários países e de diversas especialidades. Entre 30 e 50% das mulheres idosas hoje tomam suplementação de cálcio além de orientação para aumentar da ingesta diária de alimentos ricos em cálcio. A orientação universalmente aceita é de que a ingesta alimentar seja de 1.200 mg por dia de cálcio e a suplementação de 500 a 1600 mg. Mas o real impacto disto é pouco conhecido e os dados já publicados são controversos.
 
Este estudo tem informações importantes desde a sua estruturação. Na busca de trials randomizados, coortes, estudos caso-controle e estudos transversais, dois grupos distintos de busca foram selecionados: um grupo de estudos com suplementação ou orientação para aporte ideal de cálcio de origem alimentar e outro de suplementação por cápsulas ou comprimidos. Chama a atenção o pequeno número de estudos que avaliaram a suplementação de origem alimentar: apenas 2 estudos randomizados, sendo necessários 44 estudos de coorte para um número razoável de pacientes para a análise. Já para estudo de suplementação foram 22 trials randomizados e pela consistência dos dados, foram incluídos apenas 11 estudos de coorte. Isto mostra que estudos randomizados sobre o impacto do estímulo alimentar de cálcio foi muito pouco estudado até hoje.

Nas análises dos estudos foram coletadas informações sobre suplementação, tolerância e número de fraturas total, fêmur, antebraço e vertebral.
 
Resultados – No grupo de paciente com suplementação de cálcio de origem alimentar, 14 de 22 estudos (32.853 fraturas de 291.273 pacientes) não mostrou relação com fratura total, 17 de 21 estudos (2629 fraturas de 329.414 pacientes) não mostrou relação com fratura de fêmur, 7 de 8 estudos (711 fraturas de 54.140 pacientes) não mostrou relação com fratura de vértebra e 5 de 7 estudos (1065 fraturas de 65.268 pacientes) não mostrou relação com fratura de antebraço. No total, 43 de 58 estudos (74%) demonstraram associação neutra.
 
No grupo de pacientes com suplementação de cálcio adicional a dieta (cápsulas ou comprimidos), o risco relativo de fratura total de 0.89 ( IC 0.81-0.96 – P: 0.004 – 20 estudos com 58.573 pacientes); o risco relativo de fratura de vértebra de 0.86 (IC 0.74-1.0 – P: 0.04 – 12 estudos com 48.967 pacientes); o risco relativo de fratura de fêmur de 0.95 (IC 0.76-1.18 – P: 0.63 – 13 estudos com 56.648 pacientes) e o risco relativo de fratura de antebraço de 0.96 (IC 0.85-1.09 – P: 0.54 – 8 estudos com 51.775).
 
Os dados agrupados dos estudos demonstram que o NNT com uso de cálcio suplementar para prevenir uma fratura de vértebra é de 489 por 6.2 anos e para prevenir uma fratura de qualquer topografia o NNT é de 77 por 5.5 anos. Certamente NNT não atrativo para tratamento individualizado e muito menos atrativo para pacientes com baixo risco de fratura. Não há benefício para suplementação de cálcio para pacientes com fratura de fêmur, que carreia maior morbidade e mortalidade em idosos.
 
Para o uso de suplementação de cálcio em grande escala de forma preventiva em idosos o benefício é pequeno, mas poderia ser útil se fosse bem tolerado e seguro. Vários estudos demonstram efeitos colaterais como sintomas gastrointestinais agudos, litíase renal e constipação intestinal.
 
Um único estudo francês de mulheres idosas frágeis institucionalizadas (idade média de 84 anos) com baixa ingesta de cálcio alimentar e vitamina D baixa (média de 20 nmol L) demonstrou que a ingesta de 1200 mg por dia de cálcio com 800 UI por dia de vitamina D reduziu fratura de fêmur em 23% e fratura de qualquer topografia em 17% em 3 anos. Este estudo contrasta com outros 6 grandes estudos randomizados e controlados com suplementação de cálcio ou cálcio com vitamina D que não mostraram redução de risco de fratura de fêmur.
 
Conclusão - Como vimos o benefício do aumento da ingesta alimentar de cálcio para atingir os 1.200 mg por dia de cálcio não é associada com redução de risco de fratura. A suplementação de cálcio tem pequenos benefícios, mas inconsistentes e que não auxilia na prevenção de fratura de fêmur, que acarreta em maior morbidade e mortalidade em idosos. Consideração deve se fazer em pacientes muito idosos, institucionalizados, com baixa ingesta de cálcio e vitamina D baixa.
 
Referência:
Calcium intake and risk of fracture: systematic review Mark J Bolland, William Leung, Vicky Tai, Sonja Bastin, Greg D Gamble, Andrew Grey, Ian R Reid BMJ 2015;351:h458

Acesse o artigo completo: http://www.bmj.com/content/bmj/351/bmj.h4580.full.pdf 

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