DECAGE News 04 - 2014

30/06/2014, 21:00 • Atualizado em 24/01/2025, 12:51

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Caros Colegas

No ano de 2009, na cidade do Natal-RN, durante o 29º Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia, realizamos o I Simpósio DECAGE Norte-Nordeste, reunindo todos os "decagianos" desta importante região do país. Com o sucesso obtido e ratificado nos anos subsequentes, esta atividade passou a ser parte integrante e importante da grade científica de todos os Congressos Norte-Nordeste. Assim, este ano, mais uma vez, estaremos presentes no maior evento da Cardiologia norte-nordestina, agregando todos os interessados nesta nova área da cardiologia. Com uma programação muito abrangente, voltada para a prática clínica do dia a dia, a Dra. Jessyca Miriam Garcia (PE), coordenadora do VI Simpósio DECAGE Norte-Nordeste, juntamente com a Comissão Organizadora do XXXIV Congresso Norte Nordeste de Cardiologia, não pouparam esforços para que este Simpósio possa atender a expectativa de todos. Por isso, não deixem de agendar esta importante data - Recife 14 a 16 de agosto de 2014. O DECAGE, de braços bem abertos, estará recebendo todos com a elegante e tradicional hospitalidade pernambucana.

Josmar de Castro Alves (RN)
Presidente DECAGE - Biênio 2014/2015

Breve história da formação do DECAGE/GEBRAC

Até o início da década de 90, os temas de cardiologia geriátrica nos congressos da SBC e da SOCESP eram apresentados por professores de dois núcleos existentes, tendo como expressões principais, o Dr Hélio Magalhães no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e o Dr Luiz Gastão do Serro-Azul no Hospital das Clinicas e posteriormente no Incor. A esta época, um grupo de médicos mais jovens com interesse neste assunto, sempre sob inspiração e orientação dos mestres acima citados, passou a se reunir periodicamente para estruturação, no âmbito da SBC, de um grupo de estudo em Cardiogeriatria, para implementar os aspectos experimentais, clínicos e preventivos neste campo, com ênfase para a pesquisa e a educação continuada a níveis profissional e comunitário.

Confira o texto na íntegra - CLIQUE AQUI
Silvio Santos (SP)

ESQUINA CIENTÍFICA

Diretrizes em Hipertensão - Um olhar geriátrico - CLIQUE AQUI
Jessica Myrian (PE)

Marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial: qual o papel na predição de risco? - CLIQUE AQUI
Eduardo Pitthan (RS)

O Índice tornozelo- braquial : é uma ferramenta útil no consultório do cardiogeriatra? - CLIQUE AQUI
Eduardo Papa e Izo Helber (SP)

INFORMES

Decage esteve presente com Tereza Rogério no 26º congresso Bahiano de Cardiologia, realizado de 14 à 17 de maio, com a sessão bate e volta de temas cardiogeriátricos. Veja foto.
Participe do XI Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria, em Ouro Preto, Minas Gerais, nos dias 07 e 08 de novembro do corrente ano. Inscreva-se! Visite o site do congresso: http://www.decage2014.com.br

 

Esquina Científica

Decage News - 004 (Julho/2014)

Diretrizes em Hipertensão - Um olhar geriátrico
Jessica Myrian (PE)

O tratamento da hipertensão arterial no idoso vem sendo um tema amplamente discutido na atualidade. Representa um grande desafio para aqueles que se dedicam ao estudo do envelhecimento.

Baseados nas II Diretrizes em Cardiogeriatria da SBC 2010, nas diretrizes européias em hipertensão, nos ESH/ESC Guidelines for the management of arterial hypertension publicados em 2013 e nas normatizações do Eighth Joint National Committee (JNC 8 ) publicadas em 2014, pontuamos as seguintes considerações:

1. Um amplo número de estudos randomizados para o tratamento da hipertensão arterial em idosos mostrou redução de eventos cardiovasculares.

2. O controle da pressão arterial é uma meta a ser perseguida e deve ser individualizada na população geriátrica.

4. Devemos ficar atentos para possíveis níveis inferiores da pressão arterial que, também, podem ocasionar danos.

5. Os Guidelines são normatizações propostas por especialistas, mas devem ter sua utilização com BOM SENSO.

Referências:
1. II Diretrizes em Cardiogeriatriada Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2010; 95(3 supl.2): 1-112;
2. Mancia G, Fagard R, Narkiewicz K et al. 2013 ESH/ESC Guidelines for the management of arterial hypertension: The Task Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC). Journal of Hypertension 2013, 31:1281–1357. 3. 2014 Evidence-Based Guidelines for the Management of High Blood Pressure in Adults. Report from the PanelMembers Appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8).JAMA, 2014;311(5):507-520.

 

Decage News - 004 (Julho/2014)

Marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial: qual o papel na predição de risco?
Eduardo Pitthan (RS)

Em conseqüência do avanço das pesquisas no campo da biologia molecular e celular, ampliou-se o entendimento dos mecanismos fisiopatológicos das doenças cardiovasculares (DCV) e como conseqüência, uma nova série de biomarcadores tem emergido como promissoras ferramentas para refinar o diagnóstico, prognóstico e guia terapêutico, associado à análise individual do contexto clínico de cada paciente. Os autores revisam os Biomarcadores para Insuficiência Cardíaca classificados pelos eixos fisiopatológicos: Biomarcadores Inflamatórios, Biomarcadores de Estresse Oxidativo, Biomarcadores de Remodelamento de Matrix Extracelular, Biomarcadores Neuro-hormonais, Biomarcadores de Isquemia de Miócito, Biomarcadores de Estresse de Miócito, Novos Biomarcadores. Neste artigo foram estudados o Fator de Necrose Tumoral– TNF-α, Interleucinas, Lipopolissacarídeos – LPS, FAS – APO-1, Pró-Calcitonina (PCT), P-seletina, Molécula Celular de Adesão Vascular – VCAM-1) A utilização desta estratégia de multimarcadores na abordagem das DCV permite a detecção da disfunção ventricular e coronariana sob a ótica dos diversos mecanismos fisiopatológicos envolvidos. O desenvolvimento rápido nas técnicas de identificação de centenas de proteínas de aplicabilidade potencial como marcadores prognósticos permitiu a incorporação de uma abordagem com multibiomarcadores na rotina clínica do atendimento de pacientes com suspeita de DCV. Este procedimento permite ao clínico, identificar com mais precisão pacientes com alto risco e que devem demandar estratégias de um manejo de cuidados intensivos. As doenças cardiovasculares apresentam um componente fisiopatológico inflamatório intenso na sua evolução, e os marcadores inflamatórios têm demonstrado poder auxiliar na predição de eventos cardiovasculares. Apesar da incorporação à rotina clínica e da validação de alguns biomarcadores estarem em estágios iniciais, apresentam para o futuro um potencial para revolucionar o diagnóstico e a predição de risco e alvo terapêutico, principalmente em pacientes com risco moderado a severo.

Bibliografia:
Eduardo Pitthan1, Oscar Morency Otto Martins2, Juarez N. Barbisan3
Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 58 (1): 69-77, jan.-mar. 2014
http://www.amrigs.com.br/revista/edicoes_anteriores.htm

 

Decage News - 004 (Julho/2014)

O Índice tornozelo- braquial : é uma ferramenta útil no consultório do cardiogeriatra ?
Eduardo Papa e Izo Helber (SP)
Setor de Cardiogeriatria da Disciplina de Cardiologia da Unifesp/Epm.

A Doença arterial periférica de membros inferiores (DAP) figura entre as três principais causas de maior morbimortalidade cardiovascular entre os idosos, superada pelo IAM e o AVC 1. Sua prevalência aumenta com a idade e se caracteriza também por significativa perda de capacidade funcional nesta população.

O índice tornozelo- braquial (ITB) é uma medida não invasiva da DAP, de fácil execução e interpretação, com sensibilidade e especificidade altas no diagnóstico de DAP quando comparada a angiografia de membros inferiores.

A concomitância de DAP com doença arterial coronária entre os longevos é bem conhecida e de acordo com publicações recentes de nosso grupo, a prevalência de idosos portadores de DAC avaliados pelo ITB variou de 40 a 50% e assim sendo ressaltamos que quanto menor o valor do ITB (presença de DAP), maior a gravidade de DAC por nos avaliada pelo SYNTAX score, observando-se também aumento do risco de mortalidade global e cardiovascular entre os portadores de DAP e DAC2, 3.

Concluímos que o ITB é um exame útil nessa população e deveria configurar entre as avaliações complementares dos idosos, com ou sem cardiopatia pregressa.

Bibliografia
1. Fowkes FGR, Rudan D, Rudan I, Aboyans V, Denenberg JO, Mc Dermott MM, Norman PE, Sampson UKA, Williams LJ, Mensah GA, Criqui MH. Comparision of global estimates of prevalence and risk factors for peripheral artery disease in 2000 and 2010: a systematic review and analysis. Lancet 2013 Oct ;382: 1329-40
2. Papa EDE, Helber I, Ehrlichmann MR, Alves CMR, Makdisse M, Matos LN, Borges JL, Lopes RD, Stefanini E, Carvalho ACC. Ankle – Brachial index as a predictor of coronary disease events in elderly patients submitted to coronary angiography. Clinics 2013; 68(12):1-7
3. Falcão FJA, Alves CMR, Caixeta A, Guimarães LF, Filho JTS, Soares JA, Helber I, Carvalho ACC. Relation between the ankle- brachiall index and the complexity of coronary artery disease in older patients. Clinical Interventions in Aging 2013:8;1611-16

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