DECAGE News 03 - 2018

31/05/2018, 21:00 • Atualizado em 24/01/2025, 13:59

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Presidente DECAGE 2018-2019: Elizabeth da Rosa Duarte - RS
Diretor de Comunicação: José Antonio Godilho de Souza - SP

 MENSAGEM DO PRESIDENTE

Prezados colegas,

estamos nos aproximando do XV Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria, na cidade de Florianópolis-SC nos dias 12 e 13/outubro. A programação preliminar já pode ser conferida no site: http://departamentos.cardiol.br/decage/congresso2018/programacao.html.

Sua inscrição pode ser antecipada: http://departamentos.cardiol.br/decage/congresso2018/inscricoes.html

Esperamos vocês nesse evento!

Os membros do departamento têm participados de eventos regionais, nacionais e internacionais. Confira esses eventos nessa edição.

Torne-se um sócio desse departamento:
http://departamentos.cardiol.br/decage2014/conheca_decage/torne.asp

Elizabeth da Rosa Duarte
Presidente DECAGE (2018-2019)

 

 ESQUINA CIENTÍFICA

The Impact of Left Ventricular Diastolic Dysfunction on Clinical Outcomes After Transcatheter Aortic Valve Replacement
JACC: Cardiovascular Interventions 2018;11(6)
Comentado: Alvaro Cattani (PA) - CLIQUE AQUI

Derivation and Validation of a Geriatric-Sensitive Perioperative Cardiac Index
Artigo comentado por:
Adriana Pêpe (BA)
Artigo publicado no Journal American Heart Association em 2017, sobre a validação de um novo escore de risco cardíaco perioperatório sensível na população geriátrica, o GSCRI. - CLIQUE AQUI

INFORMES

DECAGE esteve presente no 30° Congresso Bahiano de Cardiologia com a Mesa Fragilidade e Cardiopatia com Teresa Rogério e Gilson Feitosa Filho. Veja fotos

DECAGE esteve presente no XXXIX Congresso SOCESP. Veja fotos

Elizabete Viana de Freitas, presidente do DECAGE/SBC 2008-2009 esteve no XIII Congresso Colombiano e Iberoamericano de Gerontologia e Geriatria na Colombia. Veja fotos

DECAGE esteve presente no XXI Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, no período de 6 a 8 de junho de 2018, no Windsor Convention & Expo Center - Rio de Janeiro/RJ. Veja fotos

Visite a página do DECAGE no facebook:
https://www.facebook.com/decage.cardiogeriatria

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOGERIATRIA
Florianópolis– SC 12 E 13 DE OUTUBRO DE 2018

http://departamentos.cardiol.br/decage/congresso2018/

Informações: faleconosco.decage2018@oceanoeventos.com.br

 

Visite a página do DECAGE no facebook: https://www.facebook.com/decage.cardiogeriatria

 


Esquina Científica

Decage News - 003 (Junho/2018)

The Impact of Left Ventricular Diastolic Dysfunction on Clinical Outcomes After Transcatheter Aortic Valve Replacement
Masahiko Asami, Jonas Lanz, Stefan Stortecky, Lorenz Räber, Anna Franzone, Dik Heg, Lukas Hunziker, Eva Roost, George CM Siontis, Marco Valgimigli, Stephan Windecker and Thomas Pilgrim
JACC: Cardiovascular Interventions 2018;11(6)

Comentado: Alvaro Cattani - PA

No Congresso Europeu de Valvula (Eurovalve) acontecido em Palermo em abril deste ano, um tema foi abordado com bastante preocupação por debatedores em pacientes submetidos a TAVI. Foi chamado no evento de Disfunção Diastólica Aguda (talvez melhor chamar de descompensação diastólica aguda).

Alguns pacientes submetidos a TAVI tem uma melhora clínica inicial e a partir de 30 dias após o procedimento se apresentam na emergência com dispneia (piora da classe funcional) e aumento da mortalidade.

Um estudo publicado este ano no JACC Cardiovascular Interventions, da Universidade de Bern, na Suiça, avaliou o impacto da disfunção diastólica e o resultado clínico em pacientes submetidos a TAVI. Todos os pacientes eram idosos, com indicação para TAVI. Os pacientes foram classificados conforme a disfunção diastólica encontrada no período pré-TAVI em 3 graus e foram acompanhados por 1 ano. O resultado encontrado foi de que quanto maior a disfunção diastólica pré-procedimento, maior a mortalidade. Para pacientes com Disfunção Diastólica Grau I o risco de morte foi 2,3 vezes maior, para Grau II o risco foi 2,5 vezes maior e para Grau III o risco foi 4,4 vezes maior.

Os debatedores inferiram isso a uma lógica de que, após o implante da TAVI o stress de parede no ventrículo esquerdo reduz drasticamente, e isto faz com que exista um processo de reversão de hipertrofia ventricular esquerda. Mas, como sabemos, fibrose não reverte como a hipertrofia. Tão precoce como 30 dias os sintomas aparecem, principalmente em pacientes com maior grau de disfunção diastólica pré-TAVI.

Se a hipótese de que o mismatch pós-operatório entre hipertrofia/fibrose seja o mecanismo do aumento de mortalidade nestes pacientes seja confirmada ou não, o que temos é mais uma questão a ser considerada sobre quando indicar a cirurgia na estenose aórtica. Se mesmo a disfunção diastólica grau I impacta negativamente na sobrevida, uma consideração maior sobre este aspecto, após estes resultados, certamente será necessária quando da indicação de intervenção.

 

Decage News - 003 (Junho/2018)

Derivation and Validation of a Geriatric-Sensitive Perioperative Cardiac Index
Artigo Comentado: Adriana Pêpe (BA)
Artigo publicado no Journal American Heart Association em 2017, sobre a validação de um novo escore de risco cardíaco perioperatório sensível na população geriátrica, o GSCRI.

Introdução:
Pesquisadores têm desenvolvido instrumentos clínicos para estimar risco cardíaco no perioperatório de cirurgias não cardíacas. O RCRI (Revised Cardiac Risk Index) também conhecido como critérios de Lee e o Gupta MICA (Myocardial Infarction and Cardiac Arrest) são índices amplamente utilizados para estimar o risco perioperatório na população americana; entretanto, nenhum instrumento é especificamente desenhado para avaliar esse risco em pacientes geriátricos (>65 anos).

Objetivo:
Os objetivos desse estudo foram desenvolver e validar um índice de risco cardíaco geriátrico-sensível. Sua hipótese era que um novo índice geriátrico-sensível, derivado de dados especificamente na população idosa, poderia englobar diferentes respostas aos fatores de risco dessa população.
Para isso, destinaram-se a:
· Investigar a performance dos já conhecidos RCRI e Gupta MICA na população geriátrica;
· Avaliar a incidência de MICA após uma cirurgia não cardíaca, sem contexto emergencial, através de um espectro etário;
· Desenvolver um índice de risco cardíaco perioperatório geriátrico-sensível (GSCRI), otimizando seu uso em pacientes idosos e sensível à singularidade clínica e fisiológica dessa população.
O desfecho de interesse foi a presença de infarto miocárdico e parada cardíaca dentro de 30 dias após a cirurgia.

Métodos:
O estudo foi desenhado utilizando o NSQIP (National Surgical Quality Improvement Program) 2013, que é uma coorte com dados multicêntricos de desfechos cirúrgicos coletados prospectivamente por profissionais treinados numa moda sistemática (N = 584,931) (210,914 idade ≥65) e validada na coorte geriátrica NSQIP 2012 (N = 485,426) (idade 172,905).
O modelo de regressão utilizado para seleção de variáveis foi o LASSO (Least Angle Shrinkage and Selection Operator). A área sob a curva (ASC) foi comparada entre GSCRI, RCRI e Gupta MICA no conjunto de dados de 2012.
Nesse modelo de regressão, as variáveis preditoras para infarto do miocárdio e parada cardíaca (MICA) encontradas com significância estatística foram: história de AVC, classificação da ASA, categoria cirúrgica, status funcional, nível de creatinina, história de insuficiência cardíaca descompensada, status do diabetes (uso ou não de insulina).

Resultados:
O GSCRI teve uma área sob a curva de 0,76 na coorte de validação entre pacientes geriátricos.
Quando o Gupta MICA foi testado em pacientes geriátricos na coorte de validação, uma deterioração significativa (17%) foi observada, bem como uma significativa subestimação do risco. A ASC do GSCRI de 0,76 no subgrupo geriátrico foi significativamente maior (P <0,001) do que os modelos RCRI (AUC = 0,63) ou Gupta MICA (AUC = 0,70), superando os modelos RCRI e Gupta MICA em pacientes geriátricos em 13% e 6%, respectivamente, com uma variação de ASC e valor de P de 0,13 (P <0,001) e 0,06 (P <0,001).

Conclusões:
Apesar dos resultados evidenciando que o GSCRI pareceu ser um preditor significativamente melhor de risco cardíaco em pacientes geriátricos submetidos à cirurgia não-cardíaca nesta população, o estudo apresenta algumas limitações. Existe uma escassez de dados específicos de geriatria disponível no conjunto de dados. Variáveis adicionais podem fornecer mais prognóstico e valor preditivo que é relevante para esta população. Além disso, a validação externa foi realizada utilizando um ano diferente do conjunto de dados da mesma organização: NSQIP.

Desse modo, este artigo demonstra o conceito de desenvolver um modelo preditivo na população geriátrica, em contraste com trabalhos anteriores onde o desenvolvimento do modelo é através de um maior espectro etário. Atualmente, pacientes geriátricos têm baixa participação em ensaios clínicos e são frequentemente excluídos devido a comorbidades. Quando incluídos, os dados dos idosos participantes são frequentemente reunidos com participantes de idades mais jovens que têm um risco muito menor, o que possivelmente leva para estimar os parâmetros de forma imprecisa. Portanto, a incorporação desse escore à prática clínica pode vir a ser um instrumento adjuvante, mas ainda requer novos estudos.

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