A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) reuniu, no dia 14 de maio, profissionais dos setores público, privado, executivo e legislativo para o II Fórum Coração em Foco no auditório da OPAS, em Brasília. O encontro teve como objetivo debater estratégias para redução da mortalidade cardiovascular, impactos orçamentários na saúde e outros temas estratégicos da área.

Diante dos altos índices de mortalidade por doenças cardiovasculares, a SBC tem realizado ações de advocacy junto ao governo, permitindo uma participação ativa na formulação de políticas de saúde que impactam diretamente o tratamento e a prevenção das DCVs. A promoção da saúde e a prevenção são caminhos eficazes para a redução da mortalidade cardiovascular, sendo que 80% das doenças do coração são preveníveis e controláveis. Por isso, a construção de um diálogo permanente e colaborativo é essencial para promover melhorias no sistema de saúde e na qualidade de vida dos pacientes.

O II Fórum Coração em Foco faz parte de um conjunto de ações da SBC junto às esferas políticas, que visa fortalecer conexões entre a entidade, profissionais da saúde e representantes governamentais. A segunda edição do fórum contou com a presença de representantes do Conselho Administrativo da SBC, cardiologistas, membros dos Ministérios da Saúde, da Previdência Social e de Ciência e Tecnologia, da Organização Pan-Americana da Saúde, gestores públicos e privados da saúde, além dos parlamentares, o deputado Luiz Ovando, o deputado Zacharias Calil e o senador Hiran Gonçalves.

Para o Conselheiro da SBC e Coordenador do Comitê de Qualidade Assistencial, Sérgio Montenegro, o debate ganha importância a cada ano, pois vai sedimentando as relações institucionais da SBC. "A primeira edição do Fórum marcou a nossa estreia institucional, fez parte das comemorações dos 80 anos da SBC e foi muito importante, para o amadurecimento dessa segunda edição com temas abrangentes e parcerias estabelecidas", explica.

Entre os destaques na pauta do II Fórum Coração em Foco, cuja programação se dividiu em quatro mesas de discussões, estiveram:  o impacto das DCVs no orçamento da saúde, inovações da área, desafios contemporâneos na saúde cardiovascular (saúde mental, sedentarismo, uso de vapes, entre outros aspectos) e projetos bem-sucedidos na redução da mortalidade por doenças do coração.

A primeira mesa, cujo tema foi “O Impacto das Doenças Cardiovasculares (DCVs) no Orçamento da Saúde e nos Índices de Aposentadorias no Brasil”, trouxe um  olhar sob a perspectiva econômica do tratamento de pacientes cardiológicos e como esse alto volume movimenta o setor. Além disso, promoveu um debate sobre as principais barreiras de programas de prevenção no país, bem como a discussão sobre possíveis ações de redução de casos graves.

A segunda mesa, “Desafios contemporâneos da saúde: Sedentarismo, consumo de vapes, mudanças climáticas e sua correlação com o risco cardiovascular” teve como objetivo discutir temas urgentes do cotidiano do cardiologista, como o engajamento dos jovens nas pautas de saúde, tabaco, mudanças climáticas e os impactos da saúde mental e sua relação com a doença cardiovascular. 

A mesa sobre “Inovações em saúde: dispositivos, medicamentos, inteligência artificial e parcerias para a redução da mortalidade por doença cardiovascular” permitiu a reflexão sobre os desafios e oportunidades para pesquisas e soluções no âmbito da saúde suplementar e indústria para o enfrentamento das DCVs.

Por fim, a última mesa, que tratou dos “Projetos e iniciativas para redução de mortes por doença cardiovascular”, apresentou a necessidade de um trabalho integrado em projetos e ações que envolvam reforços de políticas públicas. Isso inclui desde a formação do médico, avanços tecnológicos até a informação ao paciente e ações preventivas em trabalhos conjuntos entre governo, legislativo e sociedades médicas.

"Eventos como o Fórum fortalecem o compromisso comum em salvar vidas através da educação, pesquisa e o incentivo à formulação de políticas públicas eficazes. Este tipo de iniciativa é fundamental para que a SBC cumpra a sua missão. Posso assegurar que estamos caminhando de forma segura e sustentável para uma consolidação institucional importante, para que a SBC seja a referência para tudo que se refere à saúde cardiovascular do povo brasileiro", complementa Montenegro. 

Quer saber mais sobre advocacy ou sugerir alguma pauta? Encaminhe sua mensagem para institucional@cardiol.br para que juntos possamos estabelecer as pautas prioritárias e definir a melhor estratégia para alcançar melhores resultados.