Cardiologistas poderão obter certificação e atuar em Medicina do Sono
Cardiologistas poderão obter certificação e atuar em Medicina do Sono

13/05/2024, 15:24 • Atualizado em 13/05/2024, 15:24

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A abertura para que médicos cardiologistas possam obter a certificação e atuar na área foi consequência de um esforço conjunto entre a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Associação Brasileira do Sono (ABS), junto à Associação Médica Brasileira (AMB) 

Os cardiologistas brasileiros poderão obter certificação em medicina do sono junto à Associação Médica Brasileira (AMB). Até então, somente especialistas em Neurologia, Pneumologia, Otorrinolaringologia, Psiquiatria, Pediatria e Clínica Médica podiam atuar regularmente nessa área.

Esse avanço foi consequência de um esforço conjunto entre a SBC e a ABS, que apresentaram todas as justificativas junto à AMB. O processo envolve educação, treinamento e experiência  na área, sendo que algumas universidades brasileiras oferecem Residência Médica em medicina do sono.

Luciano Drager, cardiologista, membro da SBC, médico do InCor e presidente da ABS, teve papel fundamental nesse processo. Diversos estudos reforçam a importância de cuidar do sono como fator imprescindível para redução no risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O tema é pesquisado há pelo menos 4 décadas, ganhando um grande avanço nos últimos 10 anos.

“As pesquisas têm indicado que diversos distúrbios de sono, como insônia, privação do sono e a apneia do sono podem contribuir para o aumento do risco para diversas doenças do coração e dos vasos sanguíneos”, explica Drager.

Em 2018, a SBC lançou o primeiro posicionamento brasileiro sobre os impactos dos distúrbios do sono nas doenças cardiovasculares, coordenado por Luciano Drager. Posteriormente, em 2022, a Associação Americana do Coração (AHA) também se manifestou sobre o tema.

Pela primeira vez, a AHA reconheceu o sono como um fator de risco para doenças cardíacas, incluindo um aumento de 45% no risco de desenvolver doenças coronarianas e um aumento de 30% no risco de acidente vascular cerebral.

Para Luciano Drager, este apontamento foi decisivo para que a cardiologia passasse a se dedicar ainda mais sobre o tema do ponto de vista científico.

“Esse reconhecimento de uma entidade tão respeitada cientificamente trouxe uma grande projeção, chancelando as inúmeras pesquisas na área. Além disso, trouxe muita atenção por parte dos profissionais de saúde, pacientes e da mídia, que muitas vezes não estavam atentos à importância do sono na cardiologia”, explica.

Apesar dos avanços no campo da ciência, ainda é necessário que os cardiologistas tenham um olhar mais atento nos consultórios, ressalta Drager.

“Pesquisar sobre o padrão do sono deve fazer parte da rotina de todo cardiologista. E é importante que o médico estimule o paciente a falar sobre o assunto, tendo em vista que comumente este está ali para fazer um “check-up”, avaliar a pressão, controlar o colesterol, avaliar uma falta de ar ou uma dor no peito, entre outras demandas mais comuns levadas ao cardiologista”, finaliza.

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