Como medir a pressão arterial dentro e fora do consultório? Fique por dentro da nova Diretriz sobre o tema
Como medir a pressão arterial dentro e fora do consultório? Fique por dentro da nova Diretriz sobre o tema

13/05/2024, 15:14 • Atualizado em 13/05/2024, 15:15

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 A Sociedade Brasileira de Cardiologia divulgou Diretriz sobre o tema. Os hipertensos no Brasil somam 24% da população e 61% dos idosos acima dos 65 anos 

 Como medir a pressão arterial de forma precisa? O que mudou na maneira de obter um diagnóstico correto? Para responder a estas questões tão importantes para cardiologistas, médicos de outras especialidades, gestores, profissionais da saúde e, principalmente, pacientes, a Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou, no mês de abril, como “ Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório”.

O documento, elaborado por 67 profissionais que estão entre os principais especialistas do país, foi divulgado no 1° Encontro de Departamentos da Cardiologia, que aconteceu entre os dias 12 e 13 de novembro, no Centro de Convenções Frei Caneca reforça que não se deve considerar apenas os resultados das medidas realizadas em consulta para obtenção de um diagnóstico definitivo.

“Orientar médicos e pacientes para aumentar a eficácia de métodos para avaliação da pressão arterial também fora dos consultórios é uma agenda fundamental para uma abordagem populacional eficaz sobre este fator importante de risco cardiovascular no Brasil e no mundo”, afirma o coordenador destas Diretrizes, o cardiologista Audes Feitosa. 

A utilização de técnicas e equipamentos como Medição Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA) e Medição Residencial de Pressão Arterial (MRPA), Automedida de Pressão Arterial (AMPA) e Avaliação da Pressão Arterial Central auxiliam na elaboração de um diagnóstico mais complexo e assertivo, detectando variações comuns como hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM), alterações de pressão arterial no sono e hipertensão arterial resistente (HAR), condições não restritas com acompanhamento restrito aos consultórios.

“O acesso a estes equipamentos, e profissionais capacitados nos serviços de saúde, faz-se necessário e merece um olhar atento na formulação de políticas de saúde. Estas Novas Diretrizes oferecem um embasamento técnico e científico altamente qualificado para orientar gestores, médicos e demais profissionais da saúde”, avalia Feitosa.

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco modificáveis ​​para morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo um dos maiores fatores de risco para doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Quase 24% (23,93%) da população brasileira é hipertensa, de acordo com o relatório Estatística Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2023. A prevalência entre as mulheres supera a registrada entre os homens, com 26,45% e 21, 06%, respectivamente.

Quanto aos grupos etários, a maior prevalência de hipertensão no país, 61%, foi observada em indivíduos com idade a partir de 65 anos. Por outro lado, estima-se que cerca de 10% desta fatia relevante da nossa população, composta por crianças e adolescentes, já convivem com a hipertensão arterial. 

 

Maior complexidade no diagnóstico 

As Novas Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório apontam que o diagnóstico final não deve se basear em uma única medida, considerando que os indicadores são variáveis. 

Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg, e deve ser integrada nos itens 1, 2 e 3. 

 

Tabela 01

Classificação da pressão arterial de acordo com a medida no consultório a partir de 18 anos de idade 

 

Classificação

PA sistólica (mmHg)

PA diastólica (mmHg)

Ótima

< 120e

<80

Normal

120-129 e/ou

80-84

Pré-hipertensão

130-139 e/ou

85-89

Hipertensão estágio 1

140-159 e/ou

85-89

Hipertensão estágio 2

160-179 e/ou

100-109

Hipertensão estágio 3

≥ 180 e/ou

≥ 110

“Níveis pressóricos que não se enquadram no estágio 3 em ambiente de consultório, por exemplo, devem ser reavaliados em medidas subsequentes para a confirmação diagnóstica, bem como para a definição do estágio de hipertensão”, explica Feitosa.

Ainda assim, com alguma frequência, os valores obtidos nos consultórios não são suficientes para a caracterização da hipertensão arterial. As medidas de consulta estão sujeitas a consideráveis ​​vieses (erros sistemáticos), tornando necessária a utilização de outros métodos de medida para o diagnóstico. 

Um aspecto relevante trazido pelas novas Diretrizes é a consideração da jornada dos pacientes, levando em conta suas características, como gênero, faixa etária, classe social e condições de saúde diversas. 


Acesse a Diretriz

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